ANTIOXIDANTE NATURAL DE MARCELA (Achyrocline satureioides) E DE ERVA MATE (Ilex paraguariensis) NA ELABORAÇÃO DE LINGÜIÇA TOSCANA / NATURAL ANTIOXIDANT OF YERBA MATE (Ilex paraguariensis) AND MARCELA (Achyrocline satureioides) IN AND THE DEVELOPMENT OF TUSCANY SAUSAGE

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo desenvolver antioxidantes naturais de Achyrocline satureioides (marcela) e de Ilex paraguariensis (erva mate), para adição em lingüiça toscana e banha suína, com avaliação e determinação das melhores constituições quanto à atividade antioxidante e características sensoriais dos produtos. No primeiro experimento, foi avaliado o efeito de dois níveis (0,5% e 1%) de extratos hidro-etanólicos de erva mate e de marcela, bem como da composição mista de extratos de erva mate e marcela (1/1:v/v), na inibição da oxidação lipídica e a interferência na colorimetria (CLab) da banha suína. A atividade antioxidante foi elevada para todos os extratos e composições mistas de extratos. Observaram-se valores entre 91,86 e 99,15% na inibição da oxidação lipídica, no teste de oxidação acelerada e não houve diferença significativa (p>0,05) entre os tratamentos. Não foi observado efeito sinérgico, nem antagônico, na composição mista de extratos de erva mate e de marcela (1/1:v/v) sobre a inibição da oxidação. Na análise da colorimetria das coordenadas a* e b*, o extrato de erva mate a 1% obteve o valor mais alto, diferenciando-se significativamente (p<0,05) dos demais, indicando uma maior interferência na cor da banha suína. Quanto à coordenada L*, o controle, as composições mistas de extratos (0,5% e 1%) e o extrato de marcela (0,5%) não demonstraram diferença significativa (p>0,05), indicando não haver interferência, na luminosidade, da banha suína. No segundo experimento foi avaliado o efeito do extrato hidro-etanólico e do extrato purificado de marcela e de erva mate adicionado (0,5%) em lingüiça toscana, com análise da estabilidade lipídica (TBARS), qualidade (pH e atributos sensoriais) e microbiologia (aeróbias mesófilos, coliformes a 45 C/g, Staphylococcus coagulase positiva, Clostridium sulfito redutores a 46 C e Salmonella sp). Todos os tratamentos apresentaram estabilidade lipídica durante o período de armazenamento a 4 C, exceto o controle que sofreu aceleração do processo de oxidação a partir dos 30 dias. Não houve interferência da adição dos extratos sobre o pH das lingüiças em comparação com o controle. Na análise sensorial o extrato hidro-etanólico de erva mate interferiu (p<0,05) em comparação ao controle. Nas análises microbiológicas, durante o período de armazenamento a contagem de Clostridium sulfito redutores a 46 C foi menor que 1x101 UFC. g-1, Staphylococcus coagulase positiva foi menor que 1x102 UFC. g-1, coliformes a 45 C foi menor que 1x101 UFC. g-1 e Salmonella sp foi ausente em 25g. A contagem de aeróbios mesófilos para todos os tratamentos foi inferior a 106 UFC. g-1, durante o armazenamento e as lingüiças sofreram ligeiras oscilações, com redução da contagem de aeróbios no dia 12 e progressivos aumentos. No final do período de armazenagem, a partir de 30 dias, houve um processo de crescimento bacteriano em todas as amostras, exceto em lingüiças adicionadas de extrato hidro-etanólico de marcela. A adição de 0,5% do extrato purificado de erva mate, ou hidro-etanólico, ou purificado de marcela pode ser utilizada na preparação de lingüiça toscana, fornecendo produtos mais seguros para os consumidores.

ASSUNTO(S)

lingüiça marcela ciencia e tecnologia de alimentos marcela antioxidante natural yerba mate oxidation oxidação erva mate natural antioxidants sausage

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