Anticorpos poliespecíficos sem antígeno persistente em esclerose múltipla, neurolupus e síndrome de Guillain-Barré: conectividade imunológica em doenças crônicas

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Neuro-Psiquiatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-08

RESUMO

RESUMO A síntese de anticorpos poliespecíficos em esclerose múltipla (EM) ganhou relevância diagnóstica com a combinação frequente de anticorpos contra sarampo, rubéola e varicela-zoster (reação de anticorpos MRZ), mas seu papel fisiopatológico permanece desconhecido. Esta revisão relaciona os dados da síntese intratecal de anticorpos poliespecíficos em EM e Neurolupus com observações no sangue de pacientes com síndrome de Guillain Barré (SGB). Simultaneamente, os títulos aumentados de anticorpos e autoanticorpos em amostras de sangue de SGB indicam que os anticorpos poliespecíficos se baseiam numa propriedade geral de uma rede imunitária, suportada pela variação determinística da concentração diária de anticorpos no sangue normal. As variações fortemente correlacionadas de anticorpos contra sarampo e rubéola apontam para uma conectividade particular entre os anticorpos MRZ. A rede imunitária, que fornece memória sorológica na ausência de um antígeno, implementa a mudança contínua do padrão MRZ no sangue, não seguida pelas células B que imigraram anteriormente sem conectividade no cérebro. Isto pode explicar os diferentes padrões de anticorpos no LCR, humor aquoso e sangue do paciente individual de EM. Uma abordagem complexa deve implementar uma visão diferente sobre a causalidade em doenças crônicas e terapias causais.

ASSUNTO(S)

líquido cefalorraquidiano doenças autoimunes anticorpos reação de anticorpos mrz esclerose múltipla síndrome de guillain barré, neurolupus

Documentos Relacionados