Ansiedade, classificação radiográfica e controle da dor em exodontias de terceiros molares inferiores

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

03/08/2012

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi comparar o nível de ansiedade existente em pacientes submetidos a distintos procedimentos cirúrgicos em âmbito ambulatorial; verificar a prevalência da posição de terceiros molares inferiores, estabelecendo a sua posição e inclinação, em relação às classificações de Winter e de Pell &Gregory; e verificar o efeito da utilização preemptiva de ibuprofeno associado à arginina, etoricoxibe e dexametasona no controle da dor pós exodontia de terceiros molares inferiores. Para avaliar a existência de diferença no grau de ansiedade em pacientes submetidos a distintas modalidades de procedimentos cirúrgicos, foram selecionados pacientes (n=60) que necessitavam de exodontias de terceiros molares, os quais foram comparados com outros (n=62) que foram submetidos a exodontias simples. Os resultados apontam que não houve associação entre nível de ansiedade e gênero, porém ao avaliar a modalidade de cirurgia empregada encontrou-se que os pacientes submetidos à exodontias convencionais denotaram maior grau de ansiedade do que os pacientes submetidos a cirurgias de terceiros molares. Para a classificação radiográfica, foram analisadas radiografias de 1150 terceiros molares inferiores os quais foram relacionados com a classificação de Winter quanto a sua angulação em relação ao longo eixo do segundo molar adjacente e de Pell &Gregory que determina a sua posição em relação com o ramo da mandíbula e ao plano oclusal do segundo molar. Observou-se que a posição mais comum foi a mesioangular (28,52%), segundo a classificação de Winter, e de acordo com a classificação de Pell &Gregory, 27,30% estavam em Classe II e 29,82% estavam em posição A. Nesse um estudo clínico randomizado, paralelo e cego os pacientes foram divididos em 4 grupos (G): G1 que recebeu 600mg de ibuprofeno com 555mg de arginina, G2 que recebeu 90 mg de etoricoxibe, G3 que recebeu 8 mg de dexametasona, e o G4 que recebeu placebo, todos administrados por via oral 90 minutos antes da cirurgia. A intensidade da dor foi avaliada pela escala numérica de 101 pontos (101P) e a escala verbal de 4 pontos (VRS) após 2, 4, 6, 8, 12, 24, 36 e 48 horas. A análise estatística foi feita com os testes de Kruskall-Wallis, ANOVA e Qui-quadrado (p0,05). Na primeira fase os pacientes foram divididos em G1 (n=10), G2 (n=9), G3 (n=10) e G4 (n=13) e conclui-se que todos os protocolos avaliados mostraram-se superior ao placebo nas primeiras 4 horas, sendo que o uso do etoricoxibe ou da dexametasona resultaram em menor consumo de analgésicos resgate. Na segunda fase foram selecionados 60 pacientes, que foram randomicamente divididos em 15 para cada grupo. O grupo G4 apresentou maior intensidade de dor do que os demais grupos, nos períodos de 2, 4, 12 e 48 horas. O G3 apresentou maior intensidade de dor do que G2 após 2 horas, bem como em relação ao G1 após 2 e 4 horas. Novamente observou-se que todos os protocolos avaliados mostraram-se superior ao placebo em ambas as escalas utilizadas e em diferentes momentos após a cirurgia, para o controle da dor pós-operatória.

ASSUNTO(S)

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