Anos potenciais de vida perdidos por mulheres em idade fértil na cidade do Recife, Pernambuco, vítimas de morte por homicídio nos anos de 2001 e 2002

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-11

RESUMO

OBJETIVOS: determinar a freqüência dos óbitos de mulheres em idade fértil segundo os quatro principais grupos de causas básicas de óbito, calcular os Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) para homicídio, comparando-o com as outras causas de morte mais freqüentes e os coeficientes de APVP destas quatro causas de óbito. MÉTODOS: estudo descritivo, tipo corte transversal, incluindo as declarações de óbito de mulheres com idade entre 10 e 49 anos, na cidade de Recife, Pernambuco, nos anos de 2001 a 2002. A causa básica de óbito foi classificada de acordo com a CID-10, os APVP foram analisados segundo critérios do Ministério da Saúde e de Romeder e McWhinnie, utilizando-se o Epi-Info 2000. RESULTADOS: o grupo das neoplasias foi a causa de óbito mais freqüente (25,7%), seguida das doenças do aparelho circulatório (21,2%), causas externas (17,6) e doença infecciosa e parasitária (9,6%). Os homicídios foram responsáveis por 49% (4380) do total de anos potenciais de vida perdidos, com um coeficiente de APVP de 8,82. O coeficiente de APVP para câncer de mama correspondeu a 4,14 e 3,77 para o infarto agudo do miocárdio. CONCLUSÕES: o risco das mulheres perderem anos potenciais de vida por homicídio foi 2,1 vezes maior do que por câncer de mama e 2,3 do que por infarto agudo do miocárdio.

ASSUNTO(S)

anos potenciais de vida perdidos homicídio mortalidade epidemiologia violência contra a mulher

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