Anos potenciais de vida perdidos por mulheres vítimas de homicídio na cidade do Recife, Pernambuco, Brasil
AUTOR(ES)
Silva, Leonildo Severino da, Menezes, Maria Lúcia Neto de, Lopes, Cyntia Lins de Almeida, Corrêa, Maria Suely Medeiros
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-09
RESUMO
Estudo epidemiológico, transversal, objetivando calcular os anos potenciais de vida perdidos por mulheres vítimas de homicídio na cidade do Recife, Pernambuco, Brasil, no quinquênio 2003-2007. Utilizou-se de um banco de dados da Gerência Operacional de Informação de Mortalidade e Natalidade da Secretaria de Saúde do Recife, e foram revisadas todas as declarações de óbitos das vítimas de homicídio, com idade fértil no quinquênio analisado. Os resultados revelaram que houve 12.120 anos potenciais de vida perdidos, no período, por mulheres jovens, negras (88%), de escolaridade desconhecida (78,2%), solteiras (80%), mortas na Região Político-administrativa III, que foram assassinadas com uso de arma de fogo, no próprio domicílio. A taxa de mortalidade específica, no período, correspondeu a 10,8 por 100 mil mulheres em idade fértil. Os 43,3 anos de vida perdidos por cada vítima refletem, entre outros aspectos, as características do município, relativas ao nível de pobreza, desemprego, densidade populacional, instabilidade residencial, desigualdade social, que expõem seus habitantes a crises sociais, crimes e violência.
ASSUNTO(S)
anos potenciais de vida perdidos homicídio mulheres
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