Animais em aulas práticas: podemos substituí-los com a mesma qualidade de ensino?

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Educação Médica

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Com o objetivo de verificar a possibilidade de substituição de animais em aulas práticas, comparou-se o grau de aprendizagem entre duas turmas do curso de Medicina submetidas a aulas distintas, com e sem o uso de animais. Foram verificados, também, os sentimentos despertados pela presença destes animais. Os alunos ingressantes do curso de Medicina foram divididos em dois grupos, estabelecendo-se dois protocolos de aulas práticas, um deles com animais de laboratório e outro sem. O assunto, comum às duas aulas, refere-se ao estudo de técnicas citológicas. Ao final, foi entregue um questionário para avaliar as técnicas de aprendizagem, bem como os sentimentos vivenciados pela presença dos animais. Verificou-se que a curiosidade foi o sentimento mais freqüente em ambos os sexos, havendo um predomínio de sentimentos negativos entre as mulheres, diferentemente dos homens, nos quais predominaram sentimentos positivos e indiferença. As duas turmas apresentaram desempenho semelhante com relação às questões específicas. É preciso reavaliar as metodologias de várias aulas do curso médico, já que há evidências de que, na maioria das situações, o conhecimento pode ser obtido por meio de outras fontes, respeitando a vida animal e induzindo valores éticos aos alunos.

ASSUNTO(S)

educação médica alternativas de testes com animais estudantes de medicina

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