Ângulo de fase derivado de bioimpedância elétrica em pacientes sépticos internados em unidades de terapia intensiva
AUTOR(ES)
Berbigier, Marina Carvalho, Pasinato, Valeska Fernandes, Rubin, Bibiana de Almeida, Moraes, Rafael Barberena, Perry, Ingrid Dalira Schweigert
FONTE
Rev. bras. ter. intensiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-03
RESUMO
OBJETIVO: Identificar valores de ângulo de fase em pacientes sépticos, por meio de bioimpedância elétrica, buscando associação com variáveis clínicas e bioquímicas, bem como comparação com valores de ângulo de fase de referência. MÉTODOS: Estudo de coorte, com 50 pacientes sépticos, idade ≥18 anos, internados em unidade de terapia intensiva, avaliados quanto a índices prognósticos (APACHE II e SOFA), evolução clínica (mortalidade, gravidade da sepse e tempo de internação na unidade de terapia intensiva), parâmetros bioquímicos (albumina e proteína C-reativa) e ângulo de fase. RESULTADOS: A média de idade dos pacientes estudados foi de 65,6±16,5 anos, a maioria do gênero masculino (58%) e apresentando choque séptico (60%). A média dos escores APACHE II e SOFA foi de 22,98±7,1 e 7,5±3,4, respectivamente, o tempo de internação na unidade de terapia intensiva dos pacientes que sobreviveram foi de 9 dias (5 a 13) e a taxa de mortalidade foi de 30%. A média do ângulo de fase da amostra total foi de 5,4±2,6° e menor no gênero feminino (p=0,01). Não houve associação entre ângulo de fase e a gravidade da sepse, mortalidade, gênero e idade, assim como não houve correlação entre ângulo de fase, tempo de internação e parâmetros bioquímicos. Comparativamente a dados em população saudável, os valores de ângulo de fase, a depender da idade e gênero, apresentaram-se 1,1 a 1,9 vezes inferiores. CONCLUSÃO: O ângulo de fase médio de pacientes sépticos foi inferior aos valores referência para população saudável, não havendo correlação e associação com as variáveis clínicas e bioquímicas, o que poderia ser atribuído a homogeneidade da amostra.
ASSUNTO(S)
sepse unidades de terapia intensiva impedância elétrica avaliação nutricional pacientes internados prognóstico
Documentos Relacionados
- Vivência de familiares de pacientes internados em unidades de terapia intensiva
- Análise de sobrevida de idosos internados em Unidades de Terapia Intensiva
- Disfunções orgânicas de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva segundo o Logistic Organ Dysfunction System
- Desfecho de pacientes com câncer internados em unidades de terapia intensiva brasileiras com lesão renal aguda
- USO DA BIOIMPEDÂNCIA NO ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES EM QUIMIOTERAPIA: ALTERAÇÕES NO ÂNGULO DE FASE