Anestesia geral associada a bloqueio do plano do músculo eretor da espinha para encerramento de persistência de canal arterial: dois relatos de caso

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Anestesiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-04

RESUMO

Resumo Justificativa: A persistência do canal arterial em neonatos prematuros resulta em shunt esquerdo-direito com alterações hemodinâmicas e desconforto respiratório de gravidade variável. Quando o tratamento clínico não é bem sucedido, o fechamento cirúrgico via toracotomia lateral esquerda continua sendo a abordagem alternativa, e pode ser realizado no centro cirúrgico ou à beira leito com baixa taxa de mortalidade. A anestesia baseada em opioides é frequentemente escolhida pelos anestesiologistas nos casos de fechamento de canal arterial devido à supressão de resposta ao estresse e manutenção da estabilidade hemodinâmica. Essa justificativa sugere que a anestesia regional também pode ser uma técnica vantajosa e que promove desmame mais precoce do ventilador. O bloqueio dos estímulos aferentes antes da incisão também pode modular os efeitos no longo-prazo, tanto da percepção sensorial quanto das respostas à dor. Relato de caso: Apresentamos dois casos de anestesia geral associada a bloqueio do plano do músculo eretor da espinha como parte de anestesia multimodal em gêmeos prematuros submetidos a fechamento de canal arterial persistente. Discussão: Nos dois casos descritos, o bloqueio do plano do músculo eretor da espinha associado à anestesia geral foi eficiente para minimizar o impacto negativo da cirurgia, e possibilitou a redução na quantidade de opioide usado durante cirurgia para fechamento de persistência canal arterial.

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