Análise histomorfométrica comparativa entre o cimento de α-TCP e os grânulos de β-TCP/HA no reparo ósseo de calotas cranianas de ratos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Os defeitos ósseos podem decorrer de fatores como patologias, traumas e cirurgias. Dependendo de sua extensão, o reparo ósseo não acontece de forma espontânea, necessitando o uso de enxertos. Os biomateriais têm sido uma alternativa viável como substitutos ósseos. Dentre eles, destacam-se as biocerâmicas pela sua biocompatibilidade, atoxicidade e propriedades osteocondutoras. Este estudo analisou comparativamente dois tipos de biocerâmicas, cimento de α-fosfato tricálcico (α−TCP) e grânulos de β-fosfato tricálcico-HA (β-TCP/HA), inseridas em defeitos ósseos críticos confeccionados em calotas cranianas de 50 ratos (Rattus norvegicus albinus, Wistar), machos, adultos, com peso corporal médio de 300 a 400g. Os animais foram divididos em dois grupos com 25 animais: grupo-α e grupo-β/HA. Na calota craniana de cada animal, foram confeccionadas duas cavidades medindo 4 mm de diâmetro cada. A cavidade esquerda foi preenchida pelo material correspondente de cada grupo e a cavidade direita foi preenchida por coágulo sangüíneo autógeno, correspondendo ao grupo controle. Os animais foram mortos aos 7, 21, 60, 90 e 120 dias de pós-operatório. Os ossos parietais contendo as cavidades foram removidos e as peças operatórias submetidas a processamento histológico pela técnica de HE. Com auxílio do software Image Pro Plus 6.2, foi realizada análise histomorfométrica que permitiu mensurar a área de osso neoformado dos defeitos nos diferentes períodos de observação. Os resultados, expressos em porcentagem média de área do defeito preenchido por osso neoformado, no grupo α−TCP foram: 1,6% (+ 2,37) aos 7 dias, 5,24% (+ 5,58) aos 21 dias, 24% (+ 14,5) aos 60 dias, 30,21% (+ 6,84) aos 90 dias e 50,59% (+ 5,42) aos 120 dias. No grupo β−TCP/HA, os resultados foram de 1,94% (+ 3,10) aos 7 dias, 2,53% (+ 1,19) aos 21 dias, 12,47% (+ 3,87) aos 60 dias, 26,84% (+ 2,80) aos 90 dias e 38,82% (+ 8,76) aos 120 dias de pós-operatório. No grupo controle, as médias dos resultados foram de 0,15% aos 7 dias, 10,12% aos 21 dias, 15,10% aos 60 dias, 18,94% aos 90 dias e 48,50% aos 120 dias. Conclui-se que o cimento α-TCP e os grânulos β−TCP/HA promovem osteocondução; o cimento α-TCP é mais solúvel e apresenta maior porcentagem de área de neoformação óssea. Os grânulos β−TCP/HA são reabsorvidos mais lentamente, o que parece promover manutenção do volume da região implantada

ASSUNTO(S)

tecido Ósseo biomatÉria cicatrizaÇÃo (odontologia) ratos de wistar materiais dentÁrios transplante Ósseo odontologia ratos - experiÊncias

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