Análise histológica comparativa do reparo ósseo em osteotomias realizadas por laser de Er:Yag e broca cirúrgica, submetidas à laserterapia de baixa potência

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O propósito deste estudo foi comparar o processo de reparo ósseo após osteotomias realizadas em tíbias de ratos por laser de Er:YAG (comprimento de onda de 2,94 μm) e broca cirúrgica em baixa rotação, sob irrigação, submetidas à terapia de laser de baixa potência (LLLT), com laser de diodo (InGaAlP e GaAIAs), nos comprimentos de onda de 695 nm e 830 nm. Foram utilizados 54 ratos Wistar adultos. Os animais foram divididos em seis grupos: Grupo 1, osteotomia com laser Er:YAG; Grupo 2, osteotomia com laser Er:YAG e LLLT de 685 nm; Grupo 3, osteotomia com laser Er:YAG e LLLT de 830 nm; Grupo 4, osteotomia com broca em baixa rotação; Grupo 5, osteotomia com broca em baixa rotação e LLLT de 685 nm; Grupo 6, osteotomia com broca em baixa rotação e LLLT de 830 nm. O laser de Er:YAG foi utilizado no modo super-pulsado (Q-switch), sem contato, 10 Hz, 500 mJ. Três animais de cada grupo foram mortos aos 7, 14 e 21 dias da cirurgia. Os espécimes obtidos foram corados em HE e analisados sob microscopia óptica. Aos 7 e 14 dias da cirurgia, os grupos do laser de Er:YAG apresentaram a melhor condição de reparo tecidual, comparativamente aos grupos que realizaram osteotomias com broca cirúrgica. O laser de Er:YAG promoveu com sucesso a ablação do tecido ósseo, todavia, causou dano térmico às margens das osteotomias. O laser de Er:YAG promoveu uma fina faixa de tecido alterada, composta por um tecido enegrecido, compatível com tecido carbonizado, próximo à cortical óssea. Próximo à camada carbonizada, foi observado um outro tecido de aspecto amorfo com estruturas indefinidas, produzido por modificação tecidual. A média da espessura da camada alterada de tecido foi de 25 μm (8,7). Os grupos preparados com broca não apresentaram qualquer tipo de tecido alterado nas margens de suas osteotomias. Aos 21 dias do pós-operatório, as características histológicas foram semelhantes nos seis grupos avaliados, apesar dos tecidos alterados (carbonizado e amorfo) ainda serem vistos nas margens das osteotomias realizadas pelo laser de Er:YAG. A LLLT no comprimento de onda de 685 nm promoveu um reparo ósseo de padrão mais organizado e adiantado comparativamente aos grupos que utilizaram a laserterapia de baixa potência no comprimento de onda de 830 nm.

ASSUNTO(S)

laser - terapia laser - odontologia reparaÇÃo Óssea (odontologia) cirurgia bucomaxilofacial odontologia osteotomia laser de baixa intensidade ratos - experiÊncias

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