Análise epidemiológica de politraumatizados com lesões renais em um hospital universitário

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Col. Bras. Cir.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-12

RESUMO

Objetivo: analisar as características de pacientes vítimas de trauma, com lesões renais atendidos em um hospital universitário de Curitiba. Métodos: estudo transversal retrospectivo guiado por revisão de prontuários de vítimas de trauma submetidos ao tratamento cirúrgico. As variáveis analisadas foram idade, sexo, mecanismo de trauma, grau das lesões renais, conduta individualizada de acordo com o grau da lesão renal, lesões associadas, complicações e óbitos. As lesões foram classificadas de acordo com a Associação Americana de Cirurgia do Trauma (AAST). Resultados: foram analisados 794 prontuários, a lesão renal foi encontrada em 33 pacientes, a média de idade foi 29,8 anos, a maioria dos pacientes era (87,8%) do sexo masculino. O trauma penetrante foi responsável por 84,8% dos casos. As lesões mais frequentes foram as de grau II (33,3%), seguidas pelas lesões de grau I (18,1%) e pelas lesões de grau III, IV e V. Foram tratadas com nefrectomia, 45,4% das lesões, 73,3% por nefrectomia total e 45,4%, por nefrorrafia. Em 9% o tratamento não foi cirúrgico. Apenas 12,1% dos pacientes apresentaram lesões renais isoladas. Complicações foram observadas em 15,1% e a taxa de óbito foi 6,06%. Conclusão: a abordagem cirúrgica foi a preferencial devido ao mecanismo de trauma penetrante. Obtivemos baixos índices de óbitos e complicações, sendo que nenhum dos casos pôde ser relacionado diretamente à lesão renal, e ocorreram em pacientes com múltiplas lesões. Nesta amostra, não foi possível provar relação direta entre lesão renal e complicações, óbitos ou com o tipo de conduta empregada.

ASSUNTO(S)

rim ferimentos e lesões epidemiologia traumatologia ferimentos penetrantes

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