Fungemia em hospital universitário: uma abordagem epidemiológica

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/11/2011

RESUMO

INTRODUÇÃO: Fungemia corresponde ao isolamento de fungos na corrente sanguínea e ocorre, sobretudo, em pacientes imunossuprimidos. O diagnóstico e tratamento precoce destas infecções são relevantes diante da grave ameaça aos pacientes acometidos e possível disseminação via hematogênica para outros órgãos, tornando-se muitas vezes fatal. O crescente número de casos de fungemia associados ao mau prognóstico resultou na realização desta pesquisa que teve por objetivo diagnosticar e avaliar aspectos epidemiológicos das infecções hematogênicas por fungos. MÉTODOS: O estudo incluiu 58 amostras de sangue coletadas, durante um ano, de pacientes internados no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, através da punção venosa em tubos a vácuo. As amostras de sangue foram processadas para exame direto e cultura e a identificação, conduzida através da observação das características macroscópicas, microscópicas e quando necessárias fisiológicas. RESULTADOS: Oito (13,8%) episódios de fungemia foram identificados, correspondendo ao total das amostras e os agentes etiológicos envolvidos foram Candida, Histoplasma, Trichosporon, Cryptococcus e um fungo demáceo. C. albicans foi a espécie prevalente com 37,5% dos casos. A maior parte dos pacientes acometidos pertencia ao sexo masculino, na idade adulta. Não houve predominância para nenhuma atividade de risco e a síndrome da imunodeficiência adquirida foi a patologia de base mais citada. CONCLUSÕES: O isolamento de fungos considerados emergentes como C. membranifaciens e espécies demáceas ressaltam a importância do acompanhamento epidemiológico dos casos de fungemia em imunocomprometidos, uma vez que a escolha terapêutica depende do conhecimento do agente etiológico.

ASSUNTO(S)

epidemiologia fungemia hospital universitário

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