Análise de um possível papel de biocondutor no citoesqueleto de células de sertoli tratadas com retinol (vitamina A)

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Trabalhos recentes na literatura demonstraram que proteínas do citoesqueleto, mais especificamente os microfilamentos de actina, estão correlacionadas com a promoção e manutenção do estresse oxidativo, bem como modulação de processos mitocondriais. Trabalhos do nosso grupo caracterizaram que o tratamento com retinol (vitamina A) em células de Sertoli cultivadas era capaz de induzir a produção de espécies reativas de oxigênio (ERO), desbalanço na atividade de enzimas antioxidantes, com conseqüente promoção de estresse oxidativo. Radicais livres produzidos pelo tratamento com retinol, também foram capazes de induzir uma transformação pré-neoplásica, modulação de eventos recombinatórios, modulação de enzimas envolvidas na divisão celular como ornitina decarboxilase (ODC), progressão de ciclo celular e apoptose. O tratamento com retinol também foi capaz de, por uma via radical livre dependente, induzir a divisão de células de Sertoli terminalmente diferenciadas e não-proliferativas, com a conseqüente formação de focos proliferativos. Uma vez que o citoesqueleto participa de muitos dos processos relatados (proliferação, transformação e apoptose), e trabalhos recentes na literatura correlacionam estresse oxidativo com proteínas do citoesqueleto, nós decidimos avaliar a influencia do citoesqueleto e suas proteínas na produção e manutenção do estresse oxidativo gerado pelo tratamento com retinol. O primeiro capítulo dessa dissertação caracteriza uma modulação radical livre dependente do citoesqueleto das células de Sertoli tratadas com retinol, onde uma proteção/adaptação do citoesqueleto foi observada frente ao ambiente pró oxidativo gerado pelo retinol. Neste primeiro capítulo nós também sugerimos que a adaptação observada poderia ser relacionada com um possível papel de condução de elétrons pelos filamentos de actina. O segundo capítulo dessa dissertação demonstra uma dependência da correta organização dos filamentos de actina para a produção/manutenção do estresse oxidativo gerado pelo tratamento com retinol. Juntamente, o segundo capítulo apresenta uma explicação para a teoria de condução de elétrons pelos filamentos de actina, onde é descrito como esse fenômeno poderia ocorrer. Os resultados apresentados nessa dissertação sugerem que os microfilamentos de actina são essenciais para a produção/manutenção do estresse oxidativo gerado pelo tratamento com retinol, e que essa dependência pode ser explicada por uma nova função fisiológica de biocondutor de elétrons.

ASSUNTO(S)

citoesqueleto celulas de sertoli : retinol

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