Analise das condições de trabalho e de saude, com o uso de praguicidas, dos funcionarios de campo da SUCEN - Regional de Campinas, no programa de controle do Aedes aegypti

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

o uso de praguicidas no controle de artrópodes e vetores de doenças vem sendo uma preocupação dos responsáveis pela Saúde Pública. O número de casos de dengue tem aumentado a cada ano, ocasionando cada vez mais uma maior utilização do controle químico. Com isso, os funcionários que executam atividades de controle estão expostos de manen-a habitual no controle destas pragas urbanas, com a utilização de praguicidas. O objetivo deste trabalho foi analisar as condições de trabalho e de saúde dos funcionários de campo da Sucen - Regional de Campinas, com relação ao uso de praguicidas no Programa de Controle do Aedes aegypti no Estado de São Paulo. A metodologia utilizada constituiu na aplicação de um questionário aos funcionários de campo como desinsetizadores, encarregados de turma e de setor e mecânicos, distribuídos em setores e bases de equipe da Sucen, avaliando o perfil profissional e aspectos de segurança do trabalho. Foi também realizada uma pesquisa histórica da Sucen, sua formação e sua estrutura organizacional, assim como uma análise dos editais dos concursos públicos e os processo licitatórios para compra de materiais como: equipamentos de pulverização, viaturas, praguicidas e equipamentos de proteção individual e coletiva. Foram também examinadas documentações oficiais e bibliografia sobre o processo de descentralização do Programa de Controle do Aedes aegypti aos municípios com os financiamentos ocorridos através do Plano de Erradicação do Aedes aegypti (pEAa), a partn- de 1998 e a Programação Pactuada e Integrada e Epidemiologia e Controle de Doenças (pPI-ECD), a partn- de 2000. Da análise dos questionários (66 dos 69 funcionários existentes) observou-se que uma porcentagem elevada (80 %) apresentou mais de uma vez problemas com o uso direto ou indireto dos praguicidas com sintomas específicos do uso de pn-etróides, sem evidências de que possa estar ocorrendo intoxicação crônica. Com relação a intoxicações agudas, não foram encontrados graves problemas de saúde com afastamentos, abertura de comunicação de acidente no trabalho (CATs), etc., decorrentes das atividades de controle do Aedes aegypti. Por outro lado, constatou-se a necessidade de uma série de medidas preventivas com relação ao número de conjunto de roupas, tratamento dos efluentes da limpeza dos pulverizadores, medidas severas de obrigatoriedade do uso de EPIs, etc., planejamento e organização das atividades para diminuir os impactos à saúde dos trabalhadores, população e meio ambiente. Por fim, este trabalho também visou propor recomendações de medidas preventivas relacionadas ao uso de praguicidas no combate à dengue nos âmbitos municipal e estadual

ASSUNTO(S)

dengue saude e trabalho

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