Análise comparativa da rentabilidade do setor bancário privado atuante no Brasil no período de 1997 a 2004 / Comparative analyses of the return on equity from the private banking sector that operates in Brazil in the period from 1997 to 2004

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

O objetivo desta dissertação foi investigar se a Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido (ROE) do setor bancário privado atuante no Brasil foi maior do que a dos setores não-financeiros privados no período de 1997 a 2004. Partiu-se de uma comparação geral para comparações mais detalhadas a fim de se chegar a respostas mais consistentes e verificar se o que vale para o todo vale para as partes que o compõem. Considerou-se tanto o ROE legal quanto o ROE ajustado pelos efeitos da inflação. Analisou-se também a rentabilidade dos cinco maiores bancos privados brasileiros comparativamente a seus pares de países desenvolvidos selecionados. Por fim, foi analisado se a rentabilidade auferida pelo setor bancário privado foi maior do que seu custo de capital próprio, ou seja, se seu spread econômico foi positivo.Utilizou-se, como medida para comparação, a média dos ROE’s e o seu desvio padrão. Para estimação do custo do capital próprio foi utilizado o CAPM tendo como benchmark as taxas dos EUA adaptadas ao risco Brasil. Os resultados da pesquisa evidenciaram que, na média, a rentabilidade do setor bancário privado foi maior do que a dos setores não-financeiros privados e apresentou menor volatilidade, tanto pelo ROE legal quanto pelo ROE ajustado pelos efeitos da inflação, neste caso, no entanto, as diferenças foram menores. Na comparação com os maiores bancos de países selecionados, evidenciou-se que o ROE médio dos maiores Bancos Privados brasileiros não destoa de seus pares de países desenvolvidos. Quanto à questão do spread econômico, considerou-se o ROE ajustado tanto pelo IGP-M quanto pelo IPCA. Em ambos os casos, o spread econômico do setor bancário privado só foi positivo em 1999. No período de 1997 a 2004, o spread econômico foi de –6,4%, quando se utilizou o IGP-M, e de -4,6%, quando se utilizou o IPCA. Concluindo, embora o setor bancário privado, na média, tenha apresentado Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido maior do que os setores privados não-financeiros privados, essa rentabilidade não foi suficiente para cobrir o custo do capital próprio. Dessa forma, na média, os Bancos não têm conseguido criar valor para os acionistas.

ASSUNTO(S)

setor bancário correção monetária capital cost return on equity rentabilidade banking sector

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