Análise clínico-epidemiológica de pacientes HIV positivos internados em uma Unidade de Terapia de Queimados

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Cirurgia Plástica

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

RESUMO Introdução: A infecção pelo HIV e as queimaduras são um problema comum de saúde pública, principalmente em países de baixa e média renda. Há uma escassez na literatura sobre a epidemiologia de pacientes HIV positivos hospitalizados em unidades de queimados. O objetivo deste estudo é avaliar dados clínicoepidemiológicos de pacientes HIV positivos internados em uma Unidade de Terapia de Queimaduras. Métodos: Realizada análise retrospectiva de pacientes com diagnóstico de HIV internados na Unidade de Terapia de Queimados do Hospital Estadual de Bauru entre os anos de 2008 e 2018. Resultados: No total, foram revisados 2364 prontuários e encontrados 14 (0,6%) pacientes com diagnóstico de HIV. A idade média foi 43,1 anos. Quanto ao gênero, nove (64,3%) eram masculinos e cinco (35,7%) femininos. O mecanismo mais comum foi por chama direta em 11 (78,7%) casos. A etiologia foi álcool (42,9%) em seis pacientes, em três explosão (21,5%) e os demais foram gasolina, cigarro e contato com escapamento, todos com um (7,1%) caso. A causa mais comum foi acidente, em nove (64,3%) casos, dois (14,3%) tentativa de homicídio, um (7,1%) autoextermínio e dois (14,3%) casos sem informação. Em relação à superfície corporal queimada (%SCQ), cinco (37,5%) apresentavam queimaduras de 0-10%, três (21,4%) de 11-20% e cinco (35,7%) maiores que 20%, e em um era desconhecida. Quatro (28,6%) apresentaram lesões de vias aéreas. Dois (14,3%) pacientes foram a óbito. Conclusão: A prevalência de pacientes HIV positivos queimados internados em uma unidade especializada para este tratamento se assemelha à nacional, com características semelhantes em relação a idade e gênero.

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