Análise clínica e ultra-estrutural da proteção miocárdica usando cardioplegia St. Thomas com e sem procaína em pacientes submetidos à troca de válvula aórtica
AUTOR(ES)
Dussin, Luiz Henrique
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
A proteção miocárdica durante cirurgias cardíacas, é uma das variáveis responsáveis pela melhora dos resultados cirúrgicos nos últimos anos. Sua composição e as técnicas de administração tem sido objeto de várias publicações. A solução cardioplégica cristalóide, hipotérmica é uma das soluções com grande aceitação clínica. O emprego de soluções cardioplégicas tem sido objeto de varias publicações, e dentre elas, a solução cristalóide hipotérmica heprcalêmica possui grande aceitação clínica. Visando estudar a proteção miocárdica auferida pela adição de procaína à solução cardioplégica, desenvolvemos um experimento clínico que possibilitasse avaliar a morfologia celular diante o emprego de biópsias miocárdicas e microscopia eletrônica. Foram estudados 18 pacientes submetidos à circulação extracorpórea para troca valvular aórtica eletiva, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre no período de Outubro de 1999 a Julho de 2000.Cada paciente foi distribuído aleatoriamente em dois grupos: grupo (A) – constituído de 8 pacientes recebendo solução cardioplégica sem procaína; grupo (B) – constituído de 10 pacientes recebendo solução cardioplégica com procaína. Ambos os grupos, o saco pericárdico foi irrigado com solução salina hipotérmica. As biópsias miocárdicas foram tomadas em 3 momentos: I- antes da parada isquêmica, II- no final do período isquêmico e a III- 15 minutos após a reperfusão. A avaliação ultra-estrutural comparando os grupos nos três momentos não demonstrou diferenças significativas, sendo a média dosescores no grupo (A), nos momentos I, II, e III, de 0,1 ± 0,2; 0,4 ± 0,3 e 0,4 ± 0,4. No grupo (B) 0,2 ± 0,2; 0,4 ± 0,3 e 0,7 ± 0,2, respectivamente. Entretanto, o retorno espontâneo ao ritmo sinusal, pós despinçamento, ocorreu em 70% dos pacientes no grupo (B) e, em 12,5% no grupo (A) (p=0,024). Conclui-se que as duas soluções testadas protegeram o miocárdio de forma eficaz, e, não foi possível demonstrar, em nível ultraestrutural, a superioridade da solução contendo procaína. Constatou-se que o retorno ao ritmo espontâneo do coração após o despinçamento aórtico, foi significativamente maior no grupo que utilizou procaína adicionada à solução.
ASSUNTO(S)
miocárdio parada cardíaca induzida miocárdio atordoado procaína soluções cardioplégicas implante de prótese de valva
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/10183/11412Documentos Relacionados
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