Alguns aspectos da formação de pneumatoforos em Ludwigia laruotteana (cambess.) Hara-Onagraceae
AUTOR(ES)
Toshico Oniki
DATA DE PUBLICAÇÃO
1995
RESUMO
Ludwigia laruotteana ocorre em beira de mata e campo aberto com nítida preferência por locais às margens de lagos e córregos e presença marcante em culturas de várzeas. É uma espécie anfíbia. Em ambiente terrestre crescem eretas e em ambiente com água encontram-se prostradas, ancoradas em solos alagados. No ambiente aquático ocorre o aparecimento de raízes que crescem para cima ou pneumatóforos. Neste trabalho foram estudados alguns aspectos do crescimento quando as plantas foram alagadas e submersas completamente e o aparecimento de pneumatóforos. Também foram verificados alguns fatores envolvidos no desenvolvimento destas estruturas, principalmente baixa tensão de oxigênio e etileno. Embora tenha sido realizados experimentos em diferentes substratos com água e com solução nutritiva, de um modo geral, observou-se que sendo ela uma planta anfíbia, o alagamento aumentou o e conseqüentemente o número de brotações e de folhas. As plantas quando submetidas aos tratamentos de submersão alongaram o caule rapidamente. Este crescimento de plantas submersas foi maior do que em alagadas e drenadas. Com a resposta de alongamento, o caule de plantas submersas com 32 dias de idade rompia-se provavelmente devido ao aspecto destas plantas serem mais novas, apresentando um tecido mais tenro. Já em plantas com 73 dias de idade que estavam com o caule mais lenhoso, ocorria o alongamento do caule e as folhas que atingiram a superfície da água cresciam e a planta continuava o seu crescimento. As folhas de plantas submersas tanto com 32 quanto com 73 dias de idade apresentaram clorose e senescência. A submersão completa por um período de 28 dias não foi tolerada por L. laruotteana. O surgimento dos pneumatóforos em plantas submersas para ambas as idades não auxiliaram na aeração da planta. Isto é, os pneumatóforos não cresceram de forma que as pontas pudessem atingir a superfície da água. Já em plantas alagadas eles mantiveram-se em contato com a atmosfera externa. Em condições de hipoxia, o aerênquima facilita o fluxo de O2 até o ápice das raízes. Foi verificada maior porosidade nos pneumatóforos do que em raízes e em caules. Suspeitou-se do papel do etileno na formação de pneumatóforos através de experimentos envolvendo-se os vasos com 1ou 2 sacos plásticos (promoção de pneumatóforos) e diminuição acentuada do seu número na presença de perclorato de mercúrio. Com os experimentos em estacas verificou-se que de um modo geral substâncias reguladoras de crescimento inibiram o aparecimento de pneumatóforos, exceto 6-BA e etrel. Na concentração de 1µM, 6-BA promoveu o aparecimento de pneumat6foros após 4 dias. A partir do 6º dia etrel a 100 1µM estimulou um maior número de pneumatóforos. Experimentos com perclorato de mercúrio resultaram num menor número de pneumatóforos. Num outro experimento, com a adição simultânea de NaOH e perclorato de mercúrio, captadores de CO2 e etileno respectivamente, verificou-se, também, menor número de pneumatóforos. Embora evidencie-se o envolvimento do etileno no aparecimento dos pneumatóforos, ele não foi detectado na dosagem em plantas e em estacas realizada no cromatógrafo a gás
ASSUNTO(S)
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