Interações entre as abelhas visitantes (Hymenoptera, Apoidea) e as flores de Ludwigia elegans (Camb.) Hara (Onagraceae) durante o ano em duas áreas diferentes em São Paulo, Brazil

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Biology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-11

RESUMO

Este estudo foi proposto para caracterizar as interações entre as flores de Ludwigia elegans e as abelhas visitantes durante dois anos, em duas áreas distantes 200 km entre si, na mesma latitude (aproximadamente 22º48'S) mas em altitudes diferentes (Alumínio, 600 m, e Campos do Jordão, 1500 m), no Estado de São Paulo. Como as flores abrem simultaneamente de manhã e perdem as pétalas ao pôr-do-sol, a interação com as abelhas só acontece durante a fotofase. As flores de L. elegans foram principalmente visitadas por abelhas, sendo as mais freqüentes: Tetraglossula anthracina (Michener, 1989) (Colletidae), Rhophitulus sp. (Andrenidae) e Pseudagapostemon spp. (Halictidae), consideradas abelhas especializadas em coletar pólen e néctar nessas flores, bem como a abelha generalista Apis mellifera Linnaeus, 1758 (Apidae). As abelhas especialistas estavam temporalmente ajustadas aos horários de abertura da flor. A abertura da flor ocorre principalmente de manhã, mas mostra variação circanual. T. anthracina aparece em ambas as áreas, mas somente entre dezembro e abril. O padrão de atividade anual das abelhas especialistas está sincronizado com a fenologia de L. elegans. Os ciclos fotoperiódicos e de temperatura são sugeridos como os principais sincronizadores de ambas, abelhas e plantas.

ASSUNTO(S)

fotoperíodo ritmo biológico tetraglossula pseudagapostemon rhophitulus

Documentos Relacionados