AIDS, ativismo e regulação de ensaios clínicos no Brasil: o Protocolo 028
AUTOR(ES)
Oliveira, Maria Auxiliadora, Santos, Elizabeth Moreira dos, Mello, José Manoel Carvalho
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2001-08
RESUMO
Este artigo examina a política e a prática da avaliação de medicamentos no Brasil, buscando identificar a influência que a sociedade civil organizada, no caso, os ativistas da AIDS, exerce na construção da racionalidade científica de ensaios clínicos modernos. Baseando-se na experiência do ensaio clínico do Indinavir/Merck (Protocolo 028), como estudo de caso, discute-se de que maneira grupos sociais organizados desenvolvem estratégias para interferir na condução de estudos de avaliação de medicamentos, adequando-os aos seus próprios interesses. Tendo como referência teórica a sociologia da tradução, este artigo descreve e analisa as estratégias utilizadas pelos ativistas do grupo PelaVidda/SP (ONG/AIDS) no processo de construção do consenso sobre ineficácia da monoterapia com o Indinavir junto aos diversos fóruns regulatórios envolvidos na solução da controvérsia gerada durante o período de execução do referido estudo.
ASSUNTO(S)
síndrome de imunodeficiência adquirida Ética ensaios clínicos
Documentos Relacionados
- Avaliação de serviços de assistência ambulatorial em aids, Brasil: estudo comparativo 2001/2007
- Fortalecendo a pesquisa clínica no Brasil: a importância de registrar os ensaios clínicos
- Diretrizes para organização, funcionamento e avaliação de farmácias de ensaios clínicos no Brasil: revisão de escopo
- Frantz Fanon e o ativismo político-cultural negro no Brasil: 1960/1980
- Privação relativa e ativismo em protestos no Brasil: uma investigação sobre o horizonte do possível