Achados de ressonÃncia magnÃtica no encÃfalo de portadores jovens da forma hepatoesplÃnica da esquistossomose, sem sintomas neurolÃgicos / Achados de ressonÃncia magnÃtica no encÃfalo de portadores jovens da forma hepatoesplÃnica da esquistossomose, sem sintomas neurolÃgicos

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O envolvimento do sistema nervoso central pelo Schistosoma à menos comum e pode ocorrer em qualquer forma clÃnica da esquistossomose. A maioria dos casos de neuroesquistossomose associados Ãs formas crÃnicas hepatoesplÃnica e cardiopulmonar, ou à forma severa da esquistossomose urinÃria à assintomÃtica. O objetivo deste estudo foi descrever os achados de ressonÃncia magnÃtica (RM) no encÃfalo de uma sÃrie de portadores jovens de esquistossomose hepatoesplÃnica, sem manifestaÃÃes neurolÃgicas evidentes. Trinta e quatro jovens com idades entre 9 e 25 anos foram selecionados ao acaso de uma populaÃÃo de pacientes com esquistossomose mansÃnica hepatoesplÃnica que havia sido submetida a esplenectomia, ligadura da veia gÃstrica esquerda e auto-implante de tecido esplÃnico, no seguimento ambulatorial pÃs-cirÃrgico. Os exames de RM foram realizados em equipamento de 1,5 T, sendo obtidas seqÃÃncias multiplanares ponderadas em T1, T2 e FLAIR com a utilizaÃÃo do contraste paramagnÃtico e os relatÃrios foram emitidos apÃs consenso por dois radiologistas. Os exames foram normais em 9 (26,5%) pacientes e alterados em 25 pacientes (73,5%). As alteraÃÃes mais freqÃentes foram: focos puntiformes de hipersinal em T2 e FLAIR na substÃncia branca de um ou ambos hemisfÃrios cerebrais (48,0%); hiperintensidade de sinal em T1 bilateral e simÃtrica nos globos pÃlidos e/ou pedÃnculos cerebrais (32,0%); e tÃnues hiperintensidades de sinal em T2, imprecisas, periatriais interpretadas como mielinizaÃÃo tardia (20,0%). Embora hiperintensidade de sinal em T1, particularmente nos nÃcleos da base, seja freqÃentemente observada em pacientes com encefalopatia hepÃtica, esta alteraÃÃo em pacientes sem sintomatologia neurolÃgica nÃo à usual. Alguns destes achados, apesar de inespecÃficos, nÃo sÃo habitualmente encontrados em indivÃduos sadios nesta faixa etÃria, podendo estar relacionados à doenÃa de base. O conjunto dos resultados indica que o envolvimento encefÃlico na esquistossomose hepatoesplÃnica pode ser mais freqÃente do que se acredita e tende a seguir o padrÃo observado em pacientes com cirrose. Esses achados reforÃam a necessidade de acompanhamento desses pacientes, mesmo sem manifestaÃÃes neurolÃgicas evidentes, refletindo o impacto da RM nas pesquisas e na rotina mÃdica

ASSUNTO(S)

ressonÃncia schistosomiasis brain cirurgia esquistossomose enc Ãfalo resonance

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