Academia de Direito de São Paulo (1827-1854) e a constituição de uma elite nacional: o lugar da Língua Portuguesa

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

O objetivo nesta pesquisa foi analisar o lugar que a língua portuguesa ocupou na formação de uma elite dirigente nacional, tomando como referência a Academia de Direito de São Paulo e os exames de preparatórios, do período em que a referida Academia foi instituída, em 1827, até quando foram estabelecidos os exames gerais de preparatórios, em 1854, que alteraram os mecanismos de entrada nos cursos de estudos superiores. Nesse período, a língua portuguesa não era exigida de forma autônoma em um exame de preparatório específico. No entanto, a hipótese que se confirmou foi que, mesmo não sendo uma exigência específica, a língua portuguesa se fazia presente entre os demais saberes, cujas certificações eram exigidas para a entrada nas Academias. Além disso, ela representou, no momento de consolidação da independência brasileira, um elemento peculiar de distinção social. A forma como foi tomada pelo Romantismo, por exemplo, deu-se de maneira bem diversa, pois esteve vinculado ao movimento de antilusitanismo. Já nas academias do Império, em especial na Academia de Direito de São Paulo, em que a finalidade era formar uma elite dirigente, a língua da antiga metrópole, cujo domínio conferia estatuto de civilidade, em vez de ser negada, foi valorizada.

ASSUNTO(S)

elite nacional academia de direito de são paulo - exames língua portuguesa educacao academia de direito de são paulo - ingresso história da educação

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