A virada e a imagem: história teórica do pictorial/iconic/visual turn e suas implicações para as humanidades

AUTOR(ES)
FONTE

An. mus. paul.

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/04/2019

RESUMO

RESUMO Este texto historiciza a composição da virada visual e sua importância para as humanidades na contemporaneidade. No Brasil, o debate foi introduzido por Ulpiano Meneses, em artigo hoje antológico, com perspectivas ampliadas posteriormente por Paulo Knauss. A proposta deste artigo é evidenciar o duplo batismo da “virada à imagem”: nos Estados Unidos, em 1992, como pictorial turn por William John Thomas Mitchell no surgimento dos visual studies (estudos visuais); e na Alemanha, em 1994, como iconic turn por Gottfried Boehm, nas bases da atual Bildwissenschaft (ciência da imagem), questão pouco debatida no Brasil. Apresentam-se os desdobramentos do uso da expressão, a transformação da pictorial turn em visual turn na passagem dos anos 1990 para os 2000, e as aproximações entre a vertente norte-americana e a alemã a partir dos anos 2000, o que causaria um retorno às propostas originais. Ao fim do texto condensamos suas propostas para as humanidades e para os estudos da cultura material. A virada pictórica/icônica/visual é tomada como uma metáfora absoluta, um campo de problematização cuja compreensão deve ser ativada por sua historicização como debate acadêmico e diagnóstico sobre questões do mundo passado e contemporâneo.ABSTRACT this text historicizes the composition of the visual turn and its importance to the humanities in the contemporaneity. In Brazil, the debate was introduced by Ulpiano Meneses in an anthological article, with perspectives later amplified by Paulo Knauss. The proposal of this article is: to highlight the double baptism of the turning to the image: in the USA, in 1992, as pictorial turn by William John Thomas Mitchell in the emergence of visual studies; and in Germany, in 1994, as iconic turn by Gottfried Boehm on the basis of the current Bildwissenschaft (Science of Image), an issue poorly debated in Brazil. Then, unfoldings of the use of the expression are presented, the transformation of the pictorial turn into a visual turn in the passage from the 1990s to the 2000s, and the approximations between the North American and the German aspects from mid 2000s, which would cause a return to the original proposals. At the end of the text we synthesize his proposals for the humanities and the studies of material culture. The pictorial/iconic /visual turn is taken as an absolute metaphor, a field of problematization, whose understanding must be activated by its historicization as academic debate and diagnosis on issues of the past and contemporary world.

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