A trajetória visual da poesia de vanguarda brasileira

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1987

RESUMO

A dissertação tem por tema central a incorporação da visualidade à poesia brasileira de modo programático e preponderante, em manifestações variadas da vanguarda introduzida em nossa literatura no inicio da década de 50 com a espacialização do verso pela página. Para explicitar as tendências dessa visualidade, buscou-se uma análise diacrônica que dividiu o percurso dessa poética em três momentos: o concretismo, a poesia sem palavras da década de 60 e a chamada "poesia visual" dos anos 70/80. No concretismo, há a necessidade inicial de se identificar nitidamente o procedimento de linguagem que separa essa poética dos experimentos anteriores e posteriores, encontrando-se, dentre as variações de concretismo, uma visualidade estrutural do grupo Noigandres - e uma funcional - em Wlademir Dias-Pino com uma variação posterior mais subjetiva - no neoconcretismo. Na década de 60, a busca de uma poesia que extrapolasse o signo verbal acabou por criar, na poesia semiótica e no poema -processo, uma poética da imagem não-figurativa onde a abolição da palavra trouxe consigo a anulação do aspecto semântico do poema, o que determinou uma maior proximidade com as artes gráficas que com a própria "função poética" da linguagem. Por fim, no estudo da poesia dos últimos 20 anos, que, até o momento, não se encontra teorizada, o termo "poesia visual" é tomado apenas inicialmente, sendo abandonado à medida em que a pesquisa tenta delinear no bojo dessa poética três tendências de articulação entre signos verbais e visuais: o "poema-colagem", o "poema-embalagem" e o "poema-montagem", isto é, métodos de combinação significa que determinam uma maior ou menor presença da "função poética" nas imagens visuais

ASSUNTO(S)

comunicacao poesia concreta brasileira poesia semiótica vanguarda comunicação e semiótica concretismos poesia intersignos poesia visual brasileira poesia brasileira -- século 20

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