A reinvenção e representação do seringueiro na cidade de Rio Branco: Acre (1973-1996)

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Abordamos na tese a constituição da periferia da cidade de Rio Branco nas três últimas décadas do século XX, por migrantes seringueiros, priorizando o fazer-se urbano destes. Questionamos uma produção acadêmica que tornou praticamente invisível e inaudível, as experiências de milhares de seringueiros na formação da periferia da capital do Acre. Apresentamos uma versão sobre a constituição da periferia da cidade, destacando onde foram morar as famílias migrantes ao chegarem dos seringais, as lutas que efetivaram pela adoção de infra-estrutura dos novos bairros, as estratégias que forjaram para garantir a desapropriação das áreas ocupadas e a relação política que estabeleceram com os poderes constituídos. Historicizamos como muitas famílias de seringueiros fizeram-se moradores urbanos ao participarem da constituição das Comunidades Eclesiais de Base, vinculadas a Igreja Católica e como algumas delas que chegaram à cidade no anonimato, ao viverem as experiências das CEBs, tornaram-se sujeitos sociais atuantes na cena pública da cidade. Mapeamos como seringueiros que migraram para a cidade de Rio Branco, bem como descendentes destes, expressaram a cultura seringueira através do teatro, da pintura, da literatura, da música, caracterizando os modos da vida da floresta e fazendo a denúncia da cultura forânea. Discutimos como várias expressões artísticas culturais, problematizaram temáticas como a migração de seringueiros para a cidade e a formação da periferia, a expulsão de seringueiros para a capital, a situação de pessoas que ficaram na floresta, etc. Finalmente, problematizamos como famílias egressas da floresta viveram os contrastes sociais da e na cidade, os conflitos culturais e a interpenetração cidade/floresta

ASSUNTO(S)

historia social rio branco, regiao metropolitana de, ac cidade city cultura comunidades eclesiais de base -- acre, ac seringueiros -- rio branco, ac memory historia migration seringueiro history culture memoria migração

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