A Produção biopolítica do corpo saudável: mídia e subjetividade na cultura do excesso e da moderação

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Reconhecendo como legítima a agenda de prioridades deixada por Foucault, para quem a luta contra as formas de assujeitamento dos modos de vida assume uma importância central na existência do ser humano, esta tese questiona os impactos dos agenciamentos do corpo na mídia especializada em saúde, sobre a produção da subjetividade contemporânea. Tendo na revista Saúde! o seu campo empírico, discute os processos de subjetivação centrados na realização das mais diversas práticas corporais destinadas à auto-construção do corpo perfeito, que encontram condições propícias de desenvolvimento no imperativo narcisista das novas formas de regulação social das sociedades hipermodernas. O nosso argumento central, em se tratando de uma reflexão específica sobre corpo, mídia e subjetividade, é de que os agenciamentos do corpo na mídia especializada em saúde possibilitam a emergência de novos territórios existenciais, configurando a produção biopolítica do corpo saudável enquanto um processo de subjetivação aberto à experimentação e à invenção de si mesmo. Processo de subjetivação corporal centrado na auto-construção do corpo saudável, que gera ao mesmo tempo singularização e massificação da subjetividade humana, evidenciando com isso linhas de fuga a compor uma perspectiva existencial da saúde do corpo. Buscamos nesta tese apontar não só as formas historicamente hegemônicas de sermos saudáveis, mas principalmente as forças que as colocam em questão hoje em dia, fazendo com que seja possível pensarmos outras maneiras de vivermos a saúde do corpo, a partir da singularização da subjetividade

ASSUNTO(S)

saúde subjetividade ciencias sociais aplicadas subjectivity educação corpo health media mídia body education

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