A pós-graduação sob a perspectiva dos egressos: um estudo de autoavaliação

AUTOR(ES)
FONTE

Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

A autoavaliação ganhou centralidade nas políticas de avaliação da pós-graduação no Brasil nos últimos anos. O acompanhamento dos egressos, por seguinte, tem sido recomendado como uma dimensão central do processo de qualificação dos programas de pós-graduação. A centralidade desses temas motivou a realização do presente estudo, cujo propósito principal foi analisar a percepção dos egressos acerca de seus percursos formativos na pós-graduação. De modo mais específico, procuramos compreender como os egressos avaliam (i) a qualidade dos cursos; (ii) a importância e a relevância da formação realizada; (iii) os impactos do curso na trajetória profissional e; (iv) as potencialidades e as fragilidades e as sugestões de aprimoramento. O estudo foi realizado com os egressos de uma universidade pública federal localizada na região Sul do Brasil. O principal instrumento para a coleta de dados foi um questionário. O estudo evidenciou, entre outros resultados, que os egressos são, em sua grande maioria, mulheres (72,1%), brancos (82,4%), com idade de até 35 anos (66,9%) e residentes nos Estados da região Sul (98,8%). A maior parte deles considerou boa e ótima a qualidade dos PPG. As dimensões mais bem avaliadas foram a “qualidade do corpo docente” e a “relação entre orientador/orientando”. Os quesitos menos bem avaliados foram a “internacionalização” e a “inovação”. A qualificação do corpo docente foi a potencialidade mais citada pelos egressos, enquanto a internacionalização foi considerada a dimensão mais frágil dos programas. A grande maioria dos egressos encontra-se empregada (87,4%), com atuação principal em instituições públicas. Para 68,6% dos egressos o curso agregou muita na formação e na carreira profissional. Cerca de 63,1% informaram que houve incremento salarial após a conclusão do curso.

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