A parresía como experiência formativa voltada aos profissionais da saúde
AUTOR(ES)
Maraschin, Renata, Dametto, Jarbas
FONTE
Interface (Botucatu)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-12
RESUMO
Evidencia-se uma crise filosófica comprometendo a área da saúde e a formação de seus profissionais: o modelo cartesiano trouxe grandes avanços tecnológicos, mas apresenta sinais de esgotamento, percebidos na crescente incapacidade das sociedades contemporâneas de cuidarem adequadamente da saúde de seus membros e no distanciamento excessivo entre profissionais e público atendido. No intuito de oferecer elementos que reforcem a viabilidade de se instituir uma experiência humanizante no encontro entre profissional e população, propõe-se, neste ensaio, a noção de amizade como parresía, recorrendo-se a Gadamer e Foucault, porquanto fundamento pedagógico e filosófico para a formação em saúde. Ao se fundar o processo formativo no franco falar, coloca-se, em ação, o discurso que demanda pelo sentido da presença e pela presença do sentido nas aproximações entre profissionais e população, surgindo possibilidade de nestas haver menos governo, porquanto prescrição de condutas e mais força de afetação sensível.
ASSUNTO(S)
formação de profissionais de saúde filosofia da educação parresía
Documentos Relacionados
- A história como experiência formativa em Rousseau
- O potencial da avaliação formativa nos processos de mudança da formação dos profissionais da saúde
- A saúde mental relacionada ao trabalho e os desafios aos profissionais da saúde
- A experiência da perda perinatal a partir da perspectiva dos profissionais de saúde
- A parresía pedagógica de Foucault e o êthos da educação como psicagogia