A morte do alferes Cabrita e a Paixão portuguesa

AUTOR(ES)
FONTE

Novos estud. - CEBRAP

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-11

RESUMO

O artigo analisa o modo como o filme Non, ou a vã glória de mandar (1990), de Manoel de Oliveira, se compõe como figuração da história de Portugal, desde o momento da formação nacional até o limiar da Revolução dos Cravos, longo percurso que o cineasta condensa através da justaposição de épocas históricas observadas como manifestações de uma recusa reiterada: um implacável princípio do "Non" frustra variadas formas de sonho imperial e tem como cena emblemática a batalha de Alcácer-Quibir em 1578. Inspirado numa passagem de sermão do Padre Vieira, o filme traz uma reflexão sobre tal percurso na tônica de uma poética do desastre que, em seu final, ganha nova inflexão pelo cotejo entre o espectro de D. Sebastião e o destino do seu protagonista, o alferes Cabrita, no ocaso da guerra colonial em terras africanas.

ASSUNTO(S)

cinema português manoel de oliveira non, ou a vã glória de mandar história de portugal

Documentos Relacionados