A língua portuguesa no Brasil e os elementos históricos representativos da identidade do homem nordestino em Vidas Secas de Graciliano Ramos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Esta dissertação tem como tema o estudo da relação língua, história, identidade e condição social tomando como objetivo de análise o romance Vidas Secas de Graciliano Ramos, produzido na configuração de pequenos contos de 1937 e publicado em 1938 como romance. Refere-se, por conseguinte, uma pesquisa que visa ao estudo da língua portuguesa em uso no Brasil na década de 30 no que se refere às marcas históricosociais manifestadas como recursos expressivos no romance selecionados. Nossa pesquisa fundamenta-se na Historiografia Lingüística, nas perspectivas apontadas por Konrad koerner, pois, entre outros aspectos, contempla as relações que a Lingüística estabelece com a História para observação da língua. Nesse sentido, a pesquisa objetiva examinar na amostra selecionada como, no século XX, a língua em uso no Brasil dá conta de retratar o homem garantindo-lhe uma identidade sócio-histórico-lingüística ao mesmo tempo em que permite identificar, na dimensão interna do documento, a condição sociocultural do homem brasileiro do sertão nordestino. Vidas Secas é tomado como documento não somente por estar inserido num contexto histórico-cultural, mas também por conter informações lingüísticas, políticas e sociais de uma época. A década de 30, na História do Brasil, pode ser considerada crítica do ponto de vista político e social, pois há uma tensão ideológica entre socialistas e reacionaristas da ditadura Vargas. Assim sendo, o drama de Fabiano e sua família, em Vidas Secas, expressa, na verdade, a comovente fatalidade da sociedade brasileira de então

ASSUNTO(S)

identify language lingua portuguesa -- brasil -- historia condição social linguistica historica língua social condition history lingua portuguesa ramos, graciliano -- 1892-1953 -- vidas secas -- critica e interpretacao história, identidade

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