A inserção de políticas públicas étnicas para terreiros de candomblé na agenda brasileira: os entrecruzamentos entre o global e o local.
AUTOR(ES)
Elga Lessa de Almeida
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
16/03/2011
RESUMO
O presente trabalho analisa a inserção de políticas públicas étnicas voltadas para terreiros de candomblé na agenda brasileira, analisando, particularmente, a influência das organizações intergovernamentais e dos movimentos sociais nesse processo. Para perceber as mudanças que se operaram na formulação de políticas relacionadas à temática, foi enfatizada a importância da realização da Conferência de Durban, em 2001, como grande marco representativo para construção de um novo consenso no qual a ideia de uma humanidade abstrata e universal cede espaço para a defesa de direitos de uma sociedade multicultural. A partir da realização da referida Conferência, foi possível identificar mais claramente a existência de uma agenda étnica brasileira, da qual se desdobra a agenda para terreiros de candomblé e cuja aderência se deu em grande parte pelo discurso propugnado pelo movimento negro. Mesmo com a constatação da existência da agenda étnica, a análise das ações empreendidas revelou a impossibilidade de seu enquadramento como políticas públicas, tendo em vista a ausência de um propósito de maior relevância ou a continuidade dessas ações. Apesar de n ão classificá-las como políticas públicas, a dissertação é finalizada com o entendimento de que a formação da agenda étnica é uma etapa de um ciclo da política pública, que para ter seu ciclo concluído necessita de uma maior participação dos terreiros na arena política.
ASSUNTO(S)
administracao publica agenda étnica reconhecimento conferência de durban movimentos sociais organizações intergovernamentais terreiros de candomblé agenda ethnic recognition durban social movements intergovernmental organizations candomblé
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