A influência do gênero e do curso de graduação no conhecimento sobre o HPV e sua vacina, e taxa de vacinação em estudantes de uma universidade pública
AUTOR(ES)
Biselli-Monteiro, Marília; Ferracini, Amanda Canato; Sarian, Luis Otávio; Derchain, Sophie Françoise Mauricette
FONTE
Rev. Bras. Ginecol. Obstet.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-02
RESUMO
Resumo Objetivo Avaliar o conhecimento sobre a infecção pelo vírus do papiloma humano (human papillomavirus, HPV, em inglês) e a taxa de vacinação entre estudantes calouros e veteranos do quarto ano dos cursos de medicina, farmácia, fonoaudiologia, enfermagem e educação física de uma universidade brasileira. Métodos Um primeiro questionário sobre aspectos sociodemográficos, antecedentes sexuais e conhecimento sobre o HPV e sua vacina foi aplicado a 492 estudantes. Três meses depois, foi aplicado um novo questionário, a 233 estudantes, que avaliava a nova taxa de vacinação entre eles. Resultados Entre as 290 mulheres que responderam ao questionário, 47% das calouras e 13% das veteranas negaram início de atividade sexual. Entre os 202 calouros e veteranos do sexo masculino avaliados, essa taxa foi de 11%. Apesar de o conhecimento sobre o HPV ter sido maior entre as mulheres, elas declararam menor uso de preservativo. Mais de 83% das mulheres e 66% dos homens sabiam que o HPV causa câncer de colo de útero, mas menos de 30% de todos os alunos sabiam que o HPV pode causar câncer de vulva, ânus, pênis e orofaringe, e menos de 50% sabiam que o HPV pode causar verrugas genitais, anais e orofaríngeas. Comparando calouros e veteranos, houve um aumento no conhecimento de que o HPV é sexualmente transmitido, e de que sua infecção pode ser assintomática, entre os veteranos em comparação com os calouros. Pela taxa de vacinação analisada no segundo questionário, identificou-se que, antes do início da pesquisa, 26% das mulheres e 8% dos homens haviam sido vacinados, e, no momento da aplicação do segundo questionário, essas taxas subiram para 52% e 27%, respectivamente, entre os 233 alunos avaliados. Conclusão Quase metade das calouras relataram não ser sexualmente ativas, e a maioria delas ainda não era vacinada contra o HPV. O ingresso no Ensino Superior parece um momento oportuno para a realização de campanhas governamentais de conscientização e vacinação contra o HPV.
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