A industria quimica e a qualificação da força de trabalho : a formação do tecnico quimico pelo COTICAP (1965-1980)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1992

RESUMO

Numa perspectiva histórica, estabelecendo relações entre escola, trabalho e produção, esta pesquisa investiga a qualificação da força de trabalho para a indústria química. No Brasil, o ensino das profissões esteve inicialmente reservado aos marginalizados. Enquanto no exercício do ofício, o artífice era um trabalhador completo, o preconceito contra o trabalho manual o excluía da sociedade civil. Com o avanço do capitalismo no país, a expansão das forças produtivas provoca alterações na organização do trabalho especialmente quanto ao parcelamento das tarefas e à qualificação da força de trabalho. Das pequenas fábricas, no início do século, a indústria química se desenvolveu, a partir da década de 50, através de grandes unidades produtivas, com uso intensivo de capital e tecnologia estrangeiros, no processo de internacionalização da economia brasileira. O Estado é pressionado pelo capital a financiar a preparação de mão-de-obra, através de escolas técnicas como o Colégio Técnico Industrial "Conselheiro Antonio Prado - COTICAP, sediado em Campinas - SP. Nesta escola "conveniada", financiada com recursos públicos e administrada por representantes do empresariado, o currículo deveria ser organizado em "função das características do trabalho industrial". O COTICAP, entre 1965 e 1980, atendeu a estas exigências na formação do técnico, cujo perfil fora determinado pela indústria

ASSUNTO(S)

ensino tecnico industrial tecnologia educacional industria e educação

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