A ESTRATÉGIA DE DIVERSIFICAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA NA PERFORMANCE: UMA ANÁLISE EMPÍRICA EM COMPANHIAS ABERTAS NO BRASIL
AUTOR(ES)
Cleci Grzebieluckas
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
Esta pesquisa tem como objetivo investigar a existência de relação entre a diversificação de produtos e a performance das Companhias Abertas no Brasil no período de 2001 a 2005. A amostra foi composta de 168 empresas brasileiras que possuíam informações no Relatório de Informação Anual (IAN), as quais são enviadas anualmente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As empresas foram classificadas em três grupos de acordo com sua estratégia de diversificação de produto e foram consideradas: único, as empresas em que o principal produto representava mais de 95% do total das vendas; moderadamente diversificada as empresas em que o principal produto representava entre 95 e 50% do total das vendas e, altamente diversificadas as empresas em que o principal produto representava menos de 50% do total das vendas. Duas técnicas estatísticas foram utilizadas, regressão múltipla e análise de variância (ANOVA). Três medidas de performance foram empregadas: Rentabilidade operacional sobre o ativo (ROAOP), rentabilidade sobre o ativo (ROA) e rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE). As variáveis explicativas utilizadas foram a variável de diversificação (DIVER) juntamente com as variáveis de controle endividamento sobre o patrimônio líquido (ENDV), crescimento das vendas (CRESV), desvio padrão da rentabilidade operacional (RISCO) e tamanho do ativo (TAM). Três modelos foram gerados com três regressões cada um a fim de verificar a relação diversificação X performance. A análise de variância foi realizada com o propósito de verificar diferenças nas médias da performance entre os grupos estratégicos. Para as regressões a DIVER não apresentou significância estatística em nenhum dos modelos. O ENDV apresentou significância estatística negativa nas variáveis de performance ROA e ROE para os modelos I e II, e na variável de performance ROA para o modelo III. O CRESV apresentou significância estatística positiva em todos os modelos. O RISCO teve significância estatística positiva no modelo I para o ROAOP e ROE, em todas as variáveis do modelo II, e somente para o ROAOP no modelo III. O TAM apresentou significância estatística positiva em todos os modelos das regressões. Quanto à ANOVA, os grupos estratégicos não apresentaram diferenças significativas em nenhuma das variáveis, tanto de performance como de controle. A análise dos resultados evidenciou que, diferentemente dos estudos em países desenvolvidos, o grupo de categoria estratégica produto único apresentou maior indicador de rentabilidade, maior endividamento e crescimento, e conseqüentemente maior risco. Já as firmas altamente diversificadas apresentaram maior rentabilidade operacional, enquanto o grupo moderadamente diversificado apresentou menor índice de endividamento.
ASSUNTO(S)
strategy diversificação de produtos performance performance administração de empresas estratégia product diversification administracao
ACESSO AO ARTIGO
http://www6.univali.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=280Documentos Relacionados
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