A consciência de periculosidade e as estratégias defensivas dos portuários avulsos no contexto portuário de Vitória/ES

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1998

RESUMO

O presente estudo tem como objetivo dar visibilidade às relações de trabalho existentes no universo subterrâneo dos porões dos navios, pois, com certeza, aquele que observa o movimento incessante nos portos não consegue perceber as dimensões da relação capital-trabalho presentes num contexto significatimente privilegiado para a economia nacional e internacional. A indústria portuária, como espaço de sustentação do capital importador/exportador, expressa um paradoxo nas condições de vida e trabalho daqueles que movimentam as suas riquezas: a acumulação e a expropriação/exploração, faces da mesma moeda da lógica capitalista de produção. Partindo de uma concepção unitária entre condições de vida e trabalho, privilegiamos, nesse contexto, os portuários avulsos - estivadores, conferentes e consertadores -, por considerarmos que a especificidade permanente e continuada de seu trabalho estabelece, entre os sujeitos econômicos (empregadores e trabalhadores), uma modalidade de relações distinta de outras unidades de produção. Dentro desse quadro, o ponto central do nosso estudo incidiu sobre a complexidade do processo de trabalho portuário - a base técnica de organização e divisão de trabalho, bem como o desenvolvimento do processo laboral - para apreendermos e desvendarmos os contornos da produção saúde/enfermidade dos sujeitos sócio-políticos desta investigação. No movimento da análise, procuramos identificar a sua consciência de periculosidade e as suas estratégias defensivas frente às cargas laborais presentes nos principais portos de Vitória/ES

ASSUNTO(S)

servico social trabalho portuario portuarios industria portuaria autonomizacao dos portuarios capital-trabalho relacoes industriais -- porto -- vitoria, es

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