A calorimetria indireta pode ser utilizada para medir o débito cardíaco em pacientes sépticos?
AUTOR(ES)
Martins, Maria Auxiliadora, Coletto, Francisco Antônio, Campos, Antônio Dorival, Basile-Filho, Anibal
FONTE
Acta Cirurgica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi comparar as medidas do débito cardíaco (DC) obtidas pela termodiluição (DC-termo) e pela calorimetria indireta (DC-Fick misto) em pacientes com choque séptico. MÉTODOS: Estudo prospectivo em pacientes sépticos internados em unidade de terapia intensiva de um hospital universitário. Foram estudados 19 pacientes (45,4 ± 21,5 anos). Foram realizadas quatro séries de medidas do DC pelos dois métodos, simultaneamente. RESULTADOS: Não houve diferenças significativas entre os valores do DC-termo e DC-Fick misto (7,0 ± 1,8 L.min-1 e 6,4 ± 1,7 L.min-1, respectivamente). Na avaliação dos oito casos (DC-Fick misto/DC Fick atrial), introduziu-se um fator de correção para aproximar os valores do conteúdo de O2 atrial (DC-Fick atrial corrigido) com o venoso misto. Não houve diferença significativa do DC-Fick misto e DC-Fick atrial corrigido nos 4 tempos. A correlação foi de 0.84 para o DC-termo/DC-Fick misto e de 0.94 para o DC-Fick misto/DC-Fick atrial corrigido. CONCLUSÃO: A calorimetria indireta é um bom método para a medida do DC em pacientes vítimas de choque séptico, sobretudo nos casos onde a monitorização hemodinâmica invasiva não está disponível ou está contra indicada.
ASSUNTO(S)
calorimetria indireta débito cardíaco choque séptico unidade de terapia intensiva
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