RepercussÃes Maternas e Perinatais de Gestantes com Cardiopatias em Hospital TerciÃrio no Cearà / Maternal and Perinatal Implications of Pregnant Women with Heart Disease in a Tertiary Hospital in CearÃ

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

19/02/2010

RESUMO

Objetivos. Avaliar as repercussÃes maternas e perinatais das gestantes com cardiopatia, comparando os dados sociodemogrÃficos, obstÃtricos e resultados perinatais pelo tipo de cardiopatia (congÃnita versus adquirida) e pela via de parto (parto vaginal versus abdominal). Metodologia. Trata-se de estudo transversal, retrospectivo, descritivo e analÃtico, realizado por meio da pesquisa de 70 prontuÃrios de pacientes que tiveram o parto no Hospital Geral CÃsar Cals nos anos de 2007 (26 casos) e 2008 (44 casos) por meio do preenchimento de questionÃrios. Foram usados os testes estatÃsticos Qui-quadrado de Yates e de Pearson e Exato de Fisher para anÃlise bivariada dos dados. Foi considerado nÃvel de significÃncia p <0,05. Resultados. A idade das pacientes variou de 15 a 42 (mÃdia de 25,8Â6,5) anos; 25 (35,7%) eram primigestas, 22 (31,4%) secundigestas e 23 (32,9%) delas eram multigestas, dezesseis pacientes (22,9 %) tinham cardiopatia congÃnita e 45 cardiopatia adquirida (64,3%). Houve 15 partos prematuros (21,7%); 24 (34,3%) delas teve parto vaginal e 46 (65,7%) parto abdominal. A taxa de prematuridade foi de 21,7%. Verificou-se a presenÃa de 27,1% de RN com baixo peso ao nascer, 8,6% de restriÃÃo do crescimento fetal, 17,1% de Apgar <7 no primeiro e 11,4% no quinto minuto de vida. Houve um Ãbito materno e cinco Ãbitos perinatais. NÃo houve diferenÃa estatÃstica entre as cardiopatias congÃnitas e as adquiridas, exceto pela maior presenÃa de patologias clÃnicas prÃvias à gestaÃÃo no grupo das cardiopatias congÃnitas. As pacientes que tiveram parto vaginal apresentaram maior paridade e menor escolaridade, maior taxa de prematuridade, de RN com baixo peso ao nascer e menores Ãndices de Apgar no primeiro minuto quando comparadas Ãquelas submetidas a parto abdominal. A frequÃncia de descompensaÃÃo clÃnica durante o trabalho de parto e/ou parto foi de 5,7%, sem diferenÃa estatÃstica entre os partos vaginais ou abdominais. ConclusÃes. Houve frequÃncia elevada de cesariana, parto prematuro, baixo peso ao nascer, Apgar <7 no primeiro minuto de vida e necessidade de internamento em UTI neonatal. NÃo houve diferenÃa clara entre os tipos de cardiopatias. O piores resultados neonatais encontrados para o parto vaginal podem ser atribuÃdos à prÃpria prematuridade; ou seja, nÃo necessariamente à via de parto.

ASSUNTO(S)

saude materno-infantil gravidez. cardiopatia reumÃtica. gravidez de alto risco. complicaÃÃes cardiovasculares na gravidez. resultado da gravidez. pregnancy. rheumatic heart disease. high-risk pregnancy. cardiovascular, pregnancy complications. pregnancy outcome

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