Indução de edema de boca em ratos como modelo de detecção de drogas anti-inflamatórias de ação local

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

02/08/2011

RESUMO

O presente estudo teve como objetivo desenvolver um modelo experimental de inflamação aguda na cavidade oral de ratos, tendo como padrão de comparação o edema da pata de ratos. A avaliação do edema, medido por um paquímetro, foi realizada em paralelo ao extravasamento do azul de Evans, outro indicador de atividade inflamatória nos tecidos, sob as mesmas condições. A inflamação foi induzida em ratos, machos da raça Holtzman, no lábio superior na porção média do músculo masséter (bochecha) do lado direito por uma injeção subcutânea (na boca), externamente ou internamente (via mucosa oral) de 500 g de -carragenina (CG) e do lado contralateral foi injetado uma solução salina 0,9% no mesmo volume. Como controle, as medições do volume de edema foram realizadas antes da administração do agente flogogênico (0 hora) e após nos tempos ½, 1, 2, 3, 4 e 6 horas. Enquanto que a permeabilidade vascular foi avaliada pelo extravasamento do corante azul de Evans para o espaço intersticial da mucosa oral, em dois tempos, sendo um previamente ao efeito máximo da carragenina (15 min), e no outro no momento em que ocorria o pico do edema (1 hora). Para a avaliação da ação de antiinflamatórios, drogas convencionais de diferentes classes foram administradas, 30 minutos antes o estímulo flogogênico, sendo elas: indometacina (2 mg/kg), ibuprofeno (20 mg/kg) celecoxibe (12 e 30 mg/kg) e dexametasona (1 mg/kg). Todas apresentaram uma redução significativa do edema em relação ao grupo controle. A avaliação de possíveis mediadores inflamatórios também foi realizada através da administração do maleato de pirilanina (10 mg/kg, antagonista do receptor H1 da histamina) e maleato ácido de pizotifeno (2 mg/kg, antagonista misto da histamina e serotonina) que por inibir em significativamente a inflamação na primeira hora, confirmaram a ação dos principais mediadores inflamatórios envolvidos no edema de pata traseira e já descritos na literatura. Ao final do trabalho foi possível concluir que o edema de boca responde com a mesma sensibilidade que o edema de pata às drogas antiinflamatórias esteroidais e não-esteroidais, podendo detectar drogas com atividade anti-inflamatória potenciais ainda na primeira hora, sendo dessa forma um modelo mais rápido do que o edema de pata de ratos.

ASSUNTO(S)

inflamação teses. boca inflamação teses. agentes antiinflamatórios teses.

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