Independência funcional e capacidade para o autocuidado de pacientes em tratamento hemodialítico / Functional independence and self-care ability of patients undergoing hemodialysis treatment

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/07/2012

RESUMO

Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) está associada à alta morbidade e mortalidade, com aumento progressivo nas populações mundiais. A DRC e o tratamento hemodialítico podem desencadear mudanças no estilo de vida dos pacientes como alterações em seu cotidiano, na capacidade para desempenhar atividades do seu dia a dia e no autocuidado. Objetivos: Caracterizar os pacientes atendidos nos serviços de hemodiálise de uma cidade do interior paulista quanto aos aspectos sociodemográficos, econômicos e clínicos; descrever a independência funcional utilizando o instrumento de Medida de Independência Funcional (MIF); descrever a capacidade de autocuidado utilizando a escala para avaliar as capacidades de autocuidado (ASA-A); verificar a associação da independência funcional e da capacidade do autocuidado com as variáveis sociodemográficas e clínicas e verificar correlação entre a independência funcional e a capacidade de autocuidado. Material e Método: Foi realizado um estudo transversal, populacional e descritivo com abordagem quantitativa nos três serviços de diálise do município de São José do Rio Preto-SP, nos quais foram entrevistados 214 pacientes com 18 anos ou mais de idade, residentes nesse município, em tratamento por hemodiálise e que aceitaram participar do estudo. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram: Miniexame do Estado Mental (MEEM) para a avaliação do estado cognitivo; instrumento para caracterização dos dados sociodemográficos, econômicos e clínicos; a MIF e a ASA-A. Os dados foram analisados por meio do programa estatístico SAS®9.0, no qual foram gerados as análises descritivas, os testes de associação e a correlação entre as variáveis do estudo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP. Resultados: Dos 214 pacientes, 108 eram adultos e 106 idosos, dos quais 136 eram homens e 78 mulheres. O número médio de comorbidades para cada paciente foi de 2,3, e o número médio de complicações físicas foi de 4,7 por paciente. Foram evidenciados um nível de independência completa ou modificada nessa população (média MIF total 118,38; dp12,4) e um relativo conhecimento dos pacientes referente a sua capacidade de autocuidado (média 94,53; dp12,86). A MIF se correlacionou positivamente com a ASA-A e as duas negativamente com as variáveis idade, complicações relacionadas ao tratamento hemodialítico e comorbidades. Conclusão: Os pacientes em tratamento hemodialítico apresentaram resultados satisfatórios de independência funcional e a capacidade de autocuidado. À medida que aumentam os escores de independência funcional, aumentam também os de capacidade de autocuidado. As variáveis sexo, idade, comorbidades, complicações relacionadas ao tratamento hemodialítico constituíram fatores importantes que prejudicaram a independência funcional e a capacidade de autocuidado dessa população. Os resultados deste estudo permitiram compreender aspectos referentes a essas variáveis que poderão subsidiar intervenções para a melhoria da assistência de enfermagem prestada a essa população.

ASSUNTO(S)

autocuidado. diálise renal functional independence independência funcional renal dialysis self-care

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