Estudo da ação da lovastatina no desenvolvimento do modelo experimental de epilepsia induzido pela pilocarpina em ratos / Study of lovastatin on development of experimental model of epilepsy induced by pilocarpine in rats

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/06/2011

RESUMO

Introducao: A inflamacao tem sido relacionada a varias doencas neurodegenerativas e dados clinicos e experimentais sugerem uma funcao crucial nos processos inflamatorios no desenvolvimento da epilepsia, em particular, nos mecanismos geradores de crises (ictogenese) e na transformacao de uma rede neuronal normal a uma rede geradora de crises. A lovastatina, substancia usada na reducao da sintese do colesterol, tambem esta relacionada com a resposta inflamatoria, podendo modular a producao de citocinas e diminuir e o estresse oxidativo. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo analisar a acao da lovastatina no desenvolvimento das diferentes fases do modelo de epilepsia, induzido por pilocarpina em ratos. Metodos: Ratos Wistar machos foram analisados nos 3 periodos do modelo da pilocarpina (350mg/kg) fases: aguda (24h), silenciosa (15 dias) e cronica (30 dias apos a 1.a crise espontanea) e para cada periodo do modelo usamos 4 grupos de animais: salina, lovastatina (Lova), pilocarpina (Pilo) e pilocarpina+lovastatina (Pilo+Lova). O tratamento com lovastatina (20 mg/kg) se iniciou 2 h apos o inicio do estado de mal epileptico e foi administrada por 15 dias, duas vezes ao dia nos animais do grupo silencioso e cronico. O cerebro foi processado para realizacao de PCR em tempo real e imuno-histoquimica de IL-1À, IL-6, TNF-, IL-10, receptor B1 e B2 de cininas e quantificacao de aminoacidos no hipocampo. Alem disso, o tecido hipocampal foi processado para as tecnicas de Nissl e Neo-Timm modificado. Alem disso, foi medida a temperatura corporea na fase aguda, duracao do periodo silencioso e frequencia de crises na fase cronica. Resultados: O tratamento com a lovastatina no grupo Pilo+Lova mostrou diminuicao da expressao de RNAm e das proteinas IL-1À e TNF- nas 3 fases do modelo Notamos tambem reducao nos niveis do receptor B1 e B2 de cininas na fase aguda e de IL-6 nas fases aguda e silenciosa do modelo. Houve um aumento da expressão de IL-10 na fase crônica e não houve alteração nos níveis dos aminoácidos no hipocampo dos animais desse grupo, quando comparado ao grupo Pilo. Foi observada uma normalização da temperatura corpórea dos ratos submetidos ao SE e tratados com lovastatina. Não houve diferença significativa entre o grupo Pilo e Pilo+Lova na duração da fase silenciosa e na freqüência de crises. Foi observada uma preservação de neurônios em CA1 e também uma diminuição no brotamento de fibras musgosas no grupo Pilo+Lova, quando comparado ao grupo Pilo, na fase crônica do modelo. Conclusão: O presente estudo demonstrou que o tratamento com a lovastatina diminuiu diversos parâmetros importantes relacionados com o dano neuronal induzido pelo SE, no hipocampo de ratos nas diferentes fases do modelo experimental de epilepsia induzido pela pilocarpina.

ASSUNTO(S)

epilepsia pilocarpina lovastatina neuroinflamação neuroproteção neurologia lovastatin temporal lobe epilepsy pilocarpine neuroprotection neuroinflammation

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