Epidemiologia das betalactamases de espectro estendido no Brasil: impacto clínico e implicações para o agronegócio

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Patol. Med. Lab.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-04

RESUMO

A emergência e a disseminação de bactérias produtoras de betalactamases de espectro estendido (ESBL) têm sido retratadas como grande problema de saúde pública, especialmente no que diz respeito a patógenos associados às infecções relacionadas com a assistência à saúde (IRAS). No Brasil, a maior preocupação inclui as altas taxas de resistência a Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli, embora as ESBL estejam amplamente disseminadas entre os membros da família Enterobacteriaceae e sejam descritas como enzimas do tipo TEM, SHV, CTX-M, VEB, BES e GES em diferentes estados. Contudo, as enzimas dos grupos CTX-M-2, CTX-M-8 e CTX-M-9 são as mais prevalentes em território brasileiro. Além do ambiente hospitalar, as ESBL de origem comunitária e ambiental têm sido retratadas. A CTX-M-2 também tem sido identificada em Salmonella, oriunda do ciclo de produção animal, o que é alarmante para o Brasil diante da importância que a exportação de carnes assume para o agronegócio. Dessa forma, faz-se necessária a regulamentação do uso de antimicrobianos em todos os setores, a fim de evitar a disseminação de bactérias resistentes e resguardar a qualidade e a inocuidade dos alimentos. Portanto, o presente estudo visa retratar o panorama geral da epidemiologia das ESBL no Brasil, enfatizando o impacto clínico, ambiental e econômico.

ASSUNTO(S)

esbl agronegócio enterobacteriaceae resistência bacteriana infecção hospitalar

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