Acinetobacter baumannii produtor de oxacilinases (OXA) no Brasil: impacto clínico, epidemiológico e opções terapêuticas

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Patol. Med. Lab.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-12

RESUMO

Seguindo uma tendência mundial, no Brasil, infecções por cepas de Acinetobacter baumannii multirresistentes (MRs) produtoras de carbapenemases do tipo oxacilinases (OXA) classe D de Ambler são atualmente consideradas uma emergência clínica e epidemiológica. Cepas de A. baumannii produtoras de OXA têm sido reportadas nos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Em algumas unidades, a presença de A. baumannii produtor de OXA-23 e/ou OXA-143 (até agora restrita ao Brasil) tem adquirido um caráter de endemicidade, sendo as cepas de A. baumannii carregando genes blaOXA-23 identificadas em efluentes hospitalares, constituindo um risco potencial para a comunidade e o meio ambiente. Embora, a tipagem molecular por multilocus sequence typing (MLST) (esquema proposto por Bartual, Universidade de Oxford, http://pubmlst.org/abaumannii/) tem caracterizado a disseminação internacional de um complexo clonal (CC) denominado CC92, no Brasil, a maioria das cepas produtoras de OXA-23 pertencem ao complexo clonal CC113, CC109 ou CC104. Finalmente, do ponto de vista clínico, o principal problema das infecções por A. baumannii é o uso limitado de antibacterianos com atividade in vitro, muitas vezes restrito ao uso de ampicilina/sulbactam, polimixina B e/ou colistina (polimixina E).

ASSUNTO(S)

iras multirresistência carbapenêmicos oxacilinases oxa-23 oxa-143 mlst

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