Avaliação da composição química e atividade antioxidante da própolis orgânica de Apis mellifera visando à preservação ambiental do ecossistema envolvido / Evaluation of the chemical composition and antioxidant activity from organic propolis of Apis mellifera aiming the environmental preservation of the ecosystem involved

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/10/2012

RESUMO

A própolis é uma substância resinosa coletada pelas abelhas de diversas partes das plantas, como brotos, botões florais e exudados resinosos, conhecida por do ácido cinâmico e ácido benzócio, foram ainda encontrados o ácido pimárico, várias atividades biológicas como antimicrobiana, anti-inflamatória, antiproliferativa e antioxidante. Sua composição química depende de vários fatores, como a localização geográfica, vegetação e clima. A própolis brasileira com certificação de produto orgânico, proveniente do sul do Brasil, foi coletada e avaliada em diferentes estações do ano. Essa própolis é produzida em florestas nativas e áreas de reflorestamento, locais livres de contaminação por insumos agrícolas, metais pesados e poluição industrial. O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição química e atividade antioxidante, considerando a variação sazonal das estações de verão, outono e primavera. Foram coletadas ao todo 78 amostras provenientes de 14 apiários distintos. O teor de compostos fenólicos totais e flavonoides foram feitos por métodos colorimétricos, a atividade antioxidante foi avaliada pelos métodos de sequestro dos radicais livres DPPH•, ABTS+, sendo a capacidade antioxidante contra os radicais peroxila, determinado pelo método ORAC. O perfil químico do extrato de etanólico da própolis (EEPO) foi avaliado por cromatografia de camada delgada em fase reversa (CCDAE-FR), varredura no ultravioleta-visível (UV-vis) e cromatografia gasosa acoplada com espectrometria de massas (CGEM). A composição de voláteis foi analisada por CG-EM. Os teores de flavonoides variaram de não detectado até 4,76 mg.g-1 e de 6,80 a 72,55 mg.g-1 para fenólicos totais. Em relação à atividade antioxidante, a variação encontrada foi de 1,01 a 384,60 mg Trolox.g-1 para ABTS+, de 4,50 a 148,10 µmol Trolox.g-1 para DPPH• e de 0,20 a 1,25 µmol Trolox.g-1 de amostra para o ORAC. Em relação às estações, o verão apresentou maior teor de flavonoides (p=6%) e o outono, maior teor de DPPH• (p=7%). Com base no perfil químico pela técnica de CCDAE, foi possível classificar as 78 amostras em sete variantes distintas. Dentre os compostos presentes e derivados dos ácidos cinâmico e benzóico, analisados pela técnica CG/MS, identificou-se os compostos ácido pimárico, norolean-12 ene, alfa bisabolol e metil comate A. Também foram identificados oito compostos voláteis em grande quantidade como α-pineno (54,77%), β- pineno (14,83%), α-limoneno (3,78%), β- mirceno (9,29%), ?-candineno (2,11%), γ -muroleno (1,86%), β-felandreno (4,79%) e α-selineno (8,40%). Uma correlação estatística foi encontrada entre o teor de fenólicos totais e o método DPPH•, p=0,78, diferentemente do teor de flavonoides que não apresentou correlação com a atividade antioxidante. Os resultados obtidos demonstraram que a própolis orgânica possui atividade antioxidante, embora apresente baixos teores de flavonoides. Não existe correlação entre os flavonoides e atividade antioxidante. Os compostos fenólicos e a atividade antioxidante foram influenciados pela sazonalidade, sendo o outono, a estação que apresentou teores maiores de fenólicos e atividade antioxidante.

ASSUNTO(S)

environmental protection flavonoides phenolic compounds propolis própolis sazonalidade seasonal variation antioxidant antioxidantes compostos fenólicos flavonoid proteção ambiental

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