Aparições de textualidade : dizer e ver um Virgílio

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Este trabalho problematiza como a crítica literária pode recorrer a um objeto que tangencia o irrelevante sem cair nas armadilhas da isenção e nem se deixar conduzir pelos jogos de transfiguração. Suspendendo o juízo estético que coloca de um lado a mediocridade e de outro o ignorado, em que medida é possível pensar um Virgílio nascido na várzea alcançando-o pela teoria e crítica literária? Tal questão arma-se do seguinte modo: o primeiro capítulo volta-se para um exame da fortuna crítica que permite dizer-ver a obra de Virgílio Várzea (1863-1941) através da historiografia literária. O segundo capítulo procura a zona nebulosa em que ocorrem as confluências do (auto-) retrato e da (auto-) biografia, onde o que é escrito surge como refração daquele que escreve, situando-se ambos em clave de aparição-desaparição. O terceiro capítulo volta-se para as novelas, procurando ler as imagens literárias como naturezas-mortas, destacando as figurações nascidas pelos procedimentos de corte e montagem, empilhamento e contigüidade, condensação e desvio, num tempo em que as vitrines encontravam seu equivalente nas fachadas políticas. O quarto capítulo, prioriza os contos relacionados à heterotopia da Arcádia, geografia existente e também lugar de projeções artísticas, situada numa estreita faixa litorânea, comprimida entre a vastidão territorial e a imensidão oceânica.

ASSUNTO(S)

literatura teoria literaria percepção varzea, virgilio - 1863-1941. teoria literaria crítica literária

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