A"arma da cultura" e os "universalismos parciais"
AUTOR(ES)
Mafra, Clara
FONTE
Mana
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-12
RESUMO
Neste artigo, parto da indagação sobre a relativa inabilidade dos evangélicos no Brasil em "empunharem a arma da cultura". Enquanto agentes de outras religiões, em especial, católicos e afro-brasileiros, investiram em negociações e subordinações do "religioso" ao "cultural" - como estratégia de ganho em termos de reconhecimento e de legitimidade social via inclusão de si no leque da diversidade cultural que compõe a nação - os evangélicos tendem a desenvolver relações externalistas com as políticas culturais propostas pelo Estado e por agências transnacionais de aporte secular. Com base em dados etnográficos, sugiro que as hesitações e as ambiguidades dos evangélicos em relação a estas políticas estão relacionadas a um engajamento mais básico de produção de "universalismos parciais", ou seja, faz parte da "cultura evangélica" manter vínculos tensos, de aceitação e rejeição, entre as visões de mundo convencionalmente aceitas no contexto.
ASSUNTO(S)
evangélicos memória políticas culturais diversidade religiosa universalismo parcial
Documentos Relacionados
- Os descaminhos da alma: Georg Simmel, Henry James e a “tragédia da cultura”
- Elitismo cultural e "democratização da cultura" no Império Romano Tardio
- A cultura da cidade e os seus espaços intermediários: os bares e os restaurantes
- A educação escolar como direito humano de três gerações: identidades e universalismos
- A arma e a flor : formação da organização policial, consenso e violência