2004-10

"Não congelarás a imagem", ou: como não desentender o debate ciência-religião

Este artigo examina as condições de felicidade (estendendo-se o sentido que tem este conceito na teorias dos atos de fala) da enunciação religiosa. Por analogia com a fala de amor, a fala religiosa é aqui vista como um discurso transformativo antes que informativo, isto é, um discurso que fala-faz (de) quem fala antes que do mundo, mas que, ao fazê-lo/ falá-lo, muda o mundo em que se fala tanto quanto aqueles que nele falam. Comparam-se em seguida as condições de verdade do discurso da ciência, fundadas no estabelecimento de longas cadeias mediativas entre a palavra e o mundo, e as ...

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  • Assuntos:

    • Religião
    • Ciência
    • Discurso
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    • Conhecimento