Narracao Autodiegetica
Mostrando 1-3 de 3 artigos, teses e dissertações.
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1. Do que não floresce em tempos de violação aos direitos das mulheres: uma leitura de Hibisco Roxo, de Chimamanda Ngozi Adichie
RESUMO Numa Nigéria entrecortada por sucessivos golpes de Estado em que se fazem notar as consequências da colonização nos hábitos e, especificamente, nas crenças religiosas, Chimamanda Ngozi Adichie ambienta seu romance Hibisco Roxo, no qual a narração autodiegética de Kambili permite entrar em contato com a violência doméstica em seus episódios
História. Publicado em: 04/11/2019
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2. O romance brasileiro contemporâneo conforme os prêmios literários (2010-2014)
resumo Os prêmios literários destinados a obras publicadas, cujos concursos foram realizados na primeira e na segunda década do século XXI, têm privilegiado o romance. Os júris responsáveis pelas premiações são constituídos por críticos literários, escritores e estudiosos da literatura, qualificando os livros escolhidos. Examiná-los faculta com
Estud. Lit. Bras. Contemp.. Publicado em: 2017-04
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3. O escorpião e o jaguar: o memorialismo prospectivo d’O Ateneu, de Raul Pompeia
O presente livro tem por objeto de estudo o romance O Ateneu, de Raul Pompéia, publicado em 1888 em folhetim pela Gazeta de Notícias e, meses mais tarde, em volume, pela tipografia do mesmo jornal. Estuda-seaquio processo narrativo da obra a partir de uma discussão inicial de sua recepção crítica, em que se observam três tendências interpretativas distintas: uma primeira de viés biográfico, bastante comum até a década de 1940; uma segunda, de viés social, iniciada logo após a anterior, e continuada ainda hoje; e uma última, de viés revisionista, mais atual, pautada na análise de aspectos até então considerados acessórios pela crítica. Dentre estes aspectos, está o tratamento cada vez mais aprofundado da narração autodiegética e do memorialismo latente já no subtítulo do romance – “Crônica de saudades”. Para tanto, discute-se a seguir a natureza teórica da narrativa de memórias, levantando-se diversos textos de teoria da narrativa como embasamento teórico da exposição. Propõe-se, assim, o uso de uma terminologia que busca categorizar em três grandes grupos as narrativas de memórias, de acordo com sua orientação mais voltada para o passado da ação – “narrativa retrospectiva” –, para o presente da narração – “narrativa presentificativa” – ou para o processo de leitura e recepção das memórias – “narrativa prospectiva”. A análise posterior de diversos elementos da narração d’O Ateneu chega à conclusão de que o romance de Pompéia representa um exemplo acabado de “narrativa prospectiva”, em que o narrador manipula a infância vivida no internato para fazer-se de vítima do sistema, e, assim, reverter a lógica de opressão a que fora submetidono Ateneu.
Autor(es): Sandanello, Franco Baptista
Editora UNESP. Publicado em: 2015