Zoe: vida comum ameaçada

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Estud. Presença

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/03/2019

RESUMO

Resumo: Em 2017, o espetáculo de dança Zoe, dirigido pela coreógrafa Francini Barros, foi alvo de censura, por iniciar com um performer nu, na calçada do Teatro Apolo, em Recife. O fato ensejou uma reflexão sobre a arte como mecanismo instaurador de uma utopia frente ao conservadorismo neoliberal. O trabalho que ora se apresenta tem por objetivo compreender como os processos criativos do espetáculo Zoe se colocam como estratégia micropolítica de resistência a esse conservadorismo. Para tanto, instaura um diálogo com o pensamento de Agamben, Foucault, Deleuze, Guattari e Rolnik, para discutir categorias que serviram de base para esta linha argumentativa, como vida comum (zoé), corpo utópico, heterotopia, cultura e subjetividade.Abstract: In 2017, the dance performance Zoe, directed by the choreographer Francini Barros, was censored because its first scene had a naked performer on the sidewalk of the Apolo Theater in Recife. The fact led to a reflection on art as a mechanism to establish a utopia against neoliberal conservatism. This paper aims at understanding how the creative processes of the performance Zoe are placed as a micropolitical strategy of resistance to that conservatism. In order to do so, it establishes a dialogue with Agamben, Foucault, Deleuze, Guattari and Rolnik to discuss categories that served as a basis for our argumentative line, like ordinary life (zoé), utopian body, heterotopia, culture and subjectivity.

Documentos Relacionados