Writing, experience, and literary experience in Montaigne’s Essays and Sartre’s Nausea

AUTOR(ES)
FONTE

Estud. Lit. Bras. Contemp.

DATA DE PUBLICAÇÃO

27/06/2019

RESUMO

Resumo Este artigo inicia com uma análise das associações semânticas, tropológicas e metafísicas do nosso moderno conceito de “experiência”, as quais distinguem esse conceito, na sua forma e no seu conteúdo, em relação a seus contrários. Esses, não apenas incluem as noções gerais, tais quais Razão, Educação e Ciência, mas também indicam de que modo a “experiência” tem sido pensada e vivida em oposição às mídias, verbais e representacionais, de textos, de livros impressos e da escrita em geral. A desconstrução (Derrida) e a teoria das mídias (McLuhan) oferecem-nos maneiras de entender de que modo a emergência de nosso conceito de “experiência” depende, na medida em que se opõe, das mídias escritas, dos livros e das práticas e instituições implicadas (como a leitura e a escola). “Experiência” per se é, talvez, impensável sem tais mídias e suas práticas institucionalizadas. Mais do que da teoria moderna, entretanto, é uma das funções maiores da literatura moderna a de ilustrar essa relação, de conflito e dependência, e, também, encarná-la em sua própria forma enquanto escrita literária. Além da oposição entre escrita e “experiência”, coloca-se a questão a respeito da natureza do conceito equívoco de “experiência literária”. O que se deveria entender por isso? Dessa maneira, este artigo explora esse conceito através de dois textos que tentaram dar à “experiência” sua forma própria: os Ensaios, de Montaigne, e A náusea, de Sartre.Abstract This article begins with an analysis of the semantic, tropological, and metaphysical associations of our modern concept of “experience,” which distinguish its form and contents from other opposing concepts. These not only include such general notions as Reason, Education, and Science, they also point to how “experience” has been thought, and lived, in opposition to the verbal and representational media of texts, printed books, and writing in general. Deconstruction (Derrida) and media theory (McLuhan) provide us with ways of understanding how the emergence of our concept of “experience” relied on, as much as it opposed, the media of writing and books, and their surrounding practices and institutions (like reading and schooling). “Experience” per se is perhaps unthinkable without such media and their institutionalized practices. More than modern theory, however, it is one of the major functions of modern literature to display this relation of conflict and dependence, and, even, to embody it in its very form in literary writing. Beyond the opposition of writing and “experience” is thus posed the question of the nature of the equivocal concept of “literary experience.” What would such a thing entail? This article explores this concept through two texts that attempt to bring “experience” into their very form: Montaigne’s Essays and Sartre’s Nausea.

Documentos Relacionados