Work ability and fatigue among nursing workers / A capacidade para o trabalho e a fadiga entre trabalhadores de enfermagem
AUTOR(ES)
Fabio José da Silva
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
25/05/2011
RESUMO
A saúde dos trabalhadores é imprescindível e a perda desta pode comprometer a qualidade de vida e a produtividade, levando à aposentadoria precoce. As atividades realizadas pelos trabalhadores de enfermagem os expõem às cargas de trabalho geradoras de processos de desgastes físicos e mentais. Este estudo, tipo epidemiológico de recorte transversal, tem o objetivo caracterizar os trabalhadores de enfermagem, das unidades de clínica médica e cirúrgica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, quanto aos dados sóciodemográficos e profissionais e verificar a associação entre a fadiga e a sua capacidade para o trabalho. A população foi constituída de 117 trabalhadores de enfermagem. Foram usados três instrumentos de coleta de dados: Questionário de Características demográficas e profissionais, Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT) e Escala de Fadiga de Chalder. A consistência interna do ICT e do escore de fadiga foi avaliada pelo Alpha de Cronbach. Para verificar o ajustamento à distribuição normal das variáveis do estudo foram aplicados o teste de KolmogovovSmirnov, o coeficiente de correlação de Spearman, o teste de MannWhitney e o de KrushalWallis. Foi realizada a regressão linear múltipla, sendo o ICT a variável dependente e as demais independentes: fadiga, sexo, estado conjugal, idade, escolaridade, renda familiar, função, turno, número de vínculos, o tempo de locomoção e tempo de trabalho na instituição e na profissão. Em todas as análises, considerouse estatisticamente significativo quando p<0,05. Os resultados mostram que os sujeitos têm em média 39,4 anos, 88% são do sexo feminino; 55% são casados e 75% possuem renda familiar entre R$ 1500,00 e R$ 4500,00. Quanto às características profissionais, 24% são enfermeiros, 47% técnicos e 29% auxiliares de enfermagem; 79% têm um vínculo empregatício; 54% trabalham na instituição há mais de 10 anos; e 23% despendem entre duas e seis horas de tempo de locomoção para o trabalho. A restrição de atividades funcionais foi constatada em 19% dos trabalhadores, sendo que 16 apresentam restrição em relação ao encaminhamento e transferências de pacientes, em maca e/ou cadeira de rodas. As morbidades autoreferidas prevalentes, com diagnóstico médico são: as doenças musculoesqueléticas, os transtornos mentais e a obesidade. O ICT médio encontrado é de 39,4 pontos, considerado como boa capacidade para o trabalho e o inadequado (moderado e baixo) de 35%. A fadiga foi detectada em 52% dos sujeitos. Os dados também mostram que as variáveis independentes de fadiga, tempo de trabalho na instituição e função de técnico de enfermagem, comparada a de enfermeiro, apresentam diferença significativa (p<0,05) com o ICT. O investimento tanto em melhorias no estilo de vida do trabalhador, como no ambiente de trabalho são condutas imprescindíveis na redução dos níveis de fadiga e na manutenção, melhora e recuperação da capacidade para o trabalho.
ASSUNTO(S)
enfermagem fadiga no trabalho fatigue nursing occupational health saúde ocupacional trabalho capacidade work ability
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